Lisboa quer definição de nova infraestrutura aeroportuária até ao final do ano

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, na tomada de posse dos novos órgãos sociais da Associação do Turismo de Lisboa (ATL), a qual preside, enumerou os quatro desafios para o desenvolvimento do turismo na capital, afirmando que aguarda uma decisão por parte do governo, até ao término de 2016, relativamente “ao modelo de desenvolvimento e da expansão da capacidade aeroportuária”. Para Fernando Medina “não podemos adiar o debate e a definição do que é a ampliação da capacidade aeroportuária na região de Lisboa. Fazê-lo será comprometer o crescimento do turismo na cidade de Lisboa”. O autarca adiantou que já colocou este tema em cima da mesa do governo e que espera que os estudos necessários sejam feitos nos próximos meses para que haja uma definição do que se pretende ainda antes do ano terminar.
Deixando claro que Lisboa quer continuar a crescer ao nível do número de turistas, Fernando Medina considera que num momento em que se “ouvem muitas vozes sobre problemas, dificuldades, constrangimentos, medos, receios e ansiedades sobre a atual pressão turística da cidade”, a verdade é que o mandato da direção da ATL visa assegurar que o turismo continua a crescer na cidade, assim como o valor deixado por turista. Sendo que o turismo é hoje fulcral para a economia da cidade, Fernando Medina destaca que “se contarmos exclusivamente com a exportação de serviços que é feita através do turismo, a exportação, ou seja, a venda de bens a estrangeiros na cidade de Lisboa e região é superior a toda a exportação de calçado português”.
Para além do desafio da ampliação da capacidade aeroportuária da região, Fernando Medina considera que os outros três desafios que se colocam à cidade (numa lógica de trabalho conjunto entre vertente pública e privada) são: continuação da qualificação dos espaços públicos e da oferta turística, a estruturação da diversidade da oferta turística e encarar os problemas suscitados pela crescente procura e oferta de serviços de frente, ou seja, arranjando os equilíbrios necessários para que todos fiquem a ganhar.