A Alemanha colocou a Área Metropolitana de Lisboa na lista de regiões de riscos devido ao aumento de infeções por Covid-19. Além de Lisboa, o ministério dos Negócios Estrangeiros germânicos também incluiu nesta lista regiões de países como França, Dinamarca, Irlanda, Croácia, Países Baixos, Áustria, Roménia, Eslovénia, Hungria e República Checa, indica a agência noticiosa AFP. O que significa que os turistas que regressarem destas regiões terão de fazer teste à Covid-19 e permanecer em quarentena enquanto aguardam o resultado.
O ministério dos Negócios Estrangeiros, em informação publicada no seu site, desaconselha ainda “viagens turísticas não essenciais” àquelas regiões, onde o número de novas infeções ultrapassa o limite de 50 casos por 100 mil habitantes em sete dias.
As autoridades alemãs multiplicaram nas últimas semanas os avisos sobre viagens para países europeus, devido a esse aumento de casos. Espanha, um dos destinos preferido dos turistas alemães, também está na lista de países a serem evitados.
Por sua vez, também a Bélgica recolocou a Área Metropolitana de Lisboa e a Região Centro de Portugal na sua lista vermelha, embora tenha aliviado ligeiramente as medidas restritivas no quadro da pandemia.
Entre as alterações às medidas adotadas pelas autoridades belgas após uma reunião do Conselho Nacional de Segurança conta-se o fim da interdição de viagens desde as “zonas vermelhas” – classificadas como de alto risco de contágio -, que é substituída por uma recomendação a “desaconselhar fortemente” esses destinos, acompanhada de uma quarentena de sete dias, com um teste ao quinto.
Com a reinclusão da área metropolitana de Lisboa e da região centro nesta “lista vermelha”, que entrará em vigor já na sexta-feira, 25 de setembro, quem chegue a território belga oriundo destas regiões – e tencione permanecer mais de 48 horas -, terá de realizar um teste de despistagem e submeter-se a quarentena.
A Bélgica era o único Estado-membro a proibir viagens de zonas de alto risco dentro da UE, tendo decidido ontem abolir esta proibição em nome da “harmonização das regras ao nível europeu”, num momento em que a Comissão Europeia tenta que os Estados-membros adotem regras comuns e harmonizadas em tudo o que afete a livre circulação dentro do espaço comunitário.
A alteração mais visível às regras em curso na Bélgica para conter a propagação da Covid-19 anunciada é contudo o facto de a utilização de máscara deixar de ser obrigatória ao ar livre na região de Bruxelas. Em vigor desde 12 de agosto passado, a obrigatoriedade de utilizar uma máscara de proteção a todo o momento passa a aplicar-se apenas a locais fechados (como estabelecimentos comerciais, cinemas e transportes públicos) ou áreas ao ar livre com uma grande aglomeração de pessoas.