Lisbon Marriott Hotel transforma quartos em escritórios porque “o segmento corporate é a nossa maior aposta”

A pandemia colocou várias restrições às viagens e eventos. Nos dias de hoje pouco se viaja por lazer ou negócios. Mas pode o teletrabalho oferecer novas vias de negócio para os hotéis? Começam a surgir quartos transformados em escritórios e diferentes ofertas para o segmento corporate. Será esta uma real aposta para o futuro da hotelaria? E quais as mais-valias de trabalhar a partir de um hotel? A Ambitur.pt entrevistou um conjunto de grandes cadeias hoteleiras e pequenas unidades para perceber melhor este recente “fenómeno”. 

Executive Room

As restrições de viagens conduziram a uma “redução quase total do segmento MICE e de lazer” pelo que, para o Lisbon Marriott Hotel, “é realmente o segmento corporate a nossa maior aposta”, afirma Manuela Durão, diretora de vendas e marketing da unidade. Além do corporate, o Lisbon Marriott Hotel pretende captar, sobretudo, o “mercado nacional” que, apesar de “com uma expressão muito mais reduzida, ainda gera algum movimento”.

Manuela Durão atenta que, para atrair o segmento corporate, “a nossa postura continua praticamente a mesma” fazendo-o através da “nossa experiência neste setor, dos nossos serviços de excelência e do produto em si”. Todavia, agora, o hotel proporciona mais “espaços dedicados para que o cliente possa trabalhar com segurança e conforto”.

Em destaque, encontra-se o serviço Work Away que consiste na adaptação de quartos em autênticos escritórios: no lugar da cama, o cliente encontrará uma mesa e cadeiras de escritório, internet de alta velocidade, TV e WC privativo. Estes espaços podem receber até dois clientes em simultâneo e existem várias categorias de serviço à escolha, entre quarto [comunicante] e escritório ou apenas escritório por uma noite ou um dia (08h00-18h00).

Great Room

O Lisbon Marriott Hotel transformou também o seu Executive Lounge em Pop Up Events, isto é, em “salas para pequenas reuniões” com todas as medidas de distanciamento e no seu Great Room, espaço lobby, os clientes encontram “mesas com todas as ligações necessárias para trabalhar no seu laptop“. Em adição, a unidade tem um Executive Lunch para “almoços de negócios com serviço mais rápido e a preços competitivos” e para long stay há descontos em F&B, informa a responsável.

Trabalhar num hotel sem as preocupações e distrações que temos em casa”

Para a diretora de vendas e marketing, a possibilidade de converter quartos de hotéis “permite uma maior privacidade para os clientes que preferem trabalhar fora de casa”. Por outro lado, “o teletrabalho cria uma expectativa de no futuro haver maior necessidade das equipas se reunirem, periodicamente, em hotéis para obter o contacto pessoal e a partilha” sendo que tal “gera mais consumos no bar e restaurante” dos hotéis.

Trabalhar num hotel “permite usufruir do conforto e sossego do quarto”, “com todas as comodidades”, além de que as rigorosas regras de higiene e segurança praticadas “permitem um trabalho eficaz e sem as preocupações e distrações que temos em casa”, reflete Manuela Durão.