Lucros da indústria hoteleira de Macau caíram 44,4% em 2015

A indústria hoteleira de Macau obteve lucros de 2,76 mil milhões de patacas (309,3 milhões de euros) em 2015, menos 44,4 por cento comparativamente ao ano anterior, segundo dados oficiais hoje divulgados, noticiou a agência Lusa. Segundo a Direção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), o segmento dos hotéis de quatro estrelas teve mesmo um prejuízo de 171 milhões de patacas (19,1 milhões de euros), sobretudo porque as receitas das novas unidades obtidas no ano passado foram inferiores às despesas desse ano, incluindo as operacionais anteriores à sua entrada em funcionamento.

Macau contava, no final do ano passado, com 107 estabelecimentos hoteleiros em atividade – 74 hotéis e 33 pensões-, mais oito face a 2014, que tinham 45.271 trabalhadores ao seu serviço, ou seja, mais 14,7% do que o registado no ano anterior. Segundo os dados da DSEC, as receitas do setor dos hotéis e similares atingiram 26,04 mil milhões de patacas (2,91 mil milhões de euros) em 2015, traduzindo uma queda de 6,6%.

Esse decréscimo é imputado sobretudo às receitas do alojamento (12,21 mil milhões de patacas ou 1,36 mil milhões de euros) -que representaram 46,9% das receitas do setor-, dado que diminuíram 10,6%, em termos anuais. As relativas aos serviços de restauração, que ascenderam a 5,49 mil milhões de patacas (605,3 milhões de euros), sofreram uma queda de 2,4%.

Em sentido inverso, as despesas globais do setor hoteleiro aumentaram 1,6% face a 2014, fixando-se em 23,44 mil milhões de patacas (2,62 mil milhões de euros), destacando-se a subida de 8,9% dos gastos com pessoal (44,6% do total), os quais totalizaram 10,45 mil milhões de patacas (1,17 mil milhões de euros). O valor acrescentado bruto, que reflete o contributo económico do sector, totalizou 13,20 mil milhões de patacas (1,47 mil milhões de euros), isto é, menos 9,2% face a 2014.

Já a formação bruta de capital fixo – que reflete o investimento – cifrou-se em 28,85 mil milhões de patacas (3,23 mil milhões de euros) — mais 944,1% devido à entrada em funcionamento de vários hotéis de cinco e de quatro estrelas ao longo do ano passado, refere a DSEC.