Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal, afirmou na APODEMO Talks, que “o turista do futuro é informado e sem tempo a perder”. A grande aposta é no digital que permite chegar a grandes grupos, daí a aposta no mercado norte-americano e no Japão onde vai abrir, em 2019, uma delegação do Turismo de Portugal.
Segmentar, apostar no Business Intelligence, ou seja, conhecer quem são os nossos turistas, planear mais e reagir em tempo útil são algumas das estratégias chave. Em 2017, através de campanhas de storytelling, foi possível chegar a 157 milhões de pessoas, com mais de 800 criatividades, vídeos, banners, social media e mais de 3500 textos.
O turismo 4.0 assenta em quatro pilares: estimular o empreendedorismo, facilitar o acesso a fundos de investimento, promover a cultura e a formação. E, por último, na partilha de conhecimento através de novas plataformas como o Taste Portugal, o Travel BI ou uma plataforma específica sobre caminhos religiosos e outra focada no surf. Há, ainda, a plataforma NOS que, segundo Luís Araújo, “permite saber quantos ingleses e franceses sobem a Avenida da Liberdade e a que horas” o que ajuda os profissionais a decidirem quais as melhores estratégias e timings das campanhas de forma a chegar aos turistas que lhes interessam como consumidores.
Na sessão de perguntas e respostas quando questionado sobre o aeroporto de Lisboa, afirmou ainda: “Eu acredito que vai haver um novo aeroporto, no Montijo e em breve!”.
Carlos Mocho, presidente da APODEMO, associação portuguesa de empresas de estudos de mercado e de opinião, que representa 80% do mercado nacional, afirmou que os estudos de mercado são, cada vez mais, assumidos como uma ferramenta de gestão, fundamental no suporte à tomada de decisão de gestores e empreendedores.
Vivemos na era da transformação digital em que o Turismo, como um dos setores transversais da economia mundial, tem sido, em simultâneo, testemunha e protagonista. O consumidor turista está em transformação e quer receber a informação com a maior rapidez, facilidade e comodidade. O uso de tecnologias que incluem a Internet das Coisas, serviços baseados em geolocalização, inteligência artificial, realidade aumentada e virtual e tecnologia blockchain resultou numa oferta de turismo mais atraente, eficiente, inclusiva, economicamente viável e social e ambientalmente sustentável. Funcionou, também, como driver da inovação e conduziu ao repensar dos processos, com vista a enfrentar desafios como a sazonalidade, a superlotação e o desenvolvimento de destinos mais inteligentes.
A APODEMO há 25 anos que acompanha a evolução dos consumidores portugueses. Os associados da APODEMO estão focados em estudar detalhadamente o mercado, conhecer cada setor, cada público-alvo e dessa forma contribuir para que as empresas inovem, antecipando as necessidades dos seus consumidores, fidelizando uns e angariando outros, ou seja, aumentando vendas de produtos e serviços.
Segundo Carlos Mocho, presidente da APODEMO, “o grande objetivo da associação é continuar a contribuir para a valorização da atividade das empresas de estudos de mercado e de opinião”. Luís Araújo concluiu a sessão salientando a necessidade de se apostar, cada vez mais, na formação em turismo, demonstrando que se trata de uma excelente alternativa profissional e que é possível ascender de forma rápida.