M.Ou.Co. celebra um ano com mais de 8200 hóspedes na bagagem

A festa de aniversário, propriamente dita, arranca a 9 de setembro, mas os sorrisos já abundam para os lados do espaço que há um ano veio enriquecer a paisagem multicultural e turística do Porto. O M.Ou.Co. completará um ano de atividade daqui alguns dias e a festa servirá para muito mais do que retemperar a motivação que acarinhou a estadia de 8251 hóspedes desde a abertura. A mesma motivação que, ao fazer dupla com a arte de bem receber típica das gentes nortenhas, permitiu franquear as portas de bons momentos e recordações a mais de 7200 espetadores na sua sala de concertos, num total de 60 ao longo das últimas 52 semanas.

“Não obstante o enquadramento pandémico, que afetou principalmente os nossos meses de arranque, o balanço é extremamente positivo”, sublinha Teresa Martins, diretora-geral do M.Ou.Co.. Esta responsável refere-se também à opinião generalizada dos que foram elegendo o complexo como base para as suas experiências pela cidade. E que permitem ao M.Ou.Co., que respira música e design em cada pormenor, surgir nos lugares cimeiros das preferências hoteleiras na “Invicta”, segundo várias plataformas de reserva.

Vêm sobretudo do estrangeiro os viajantes que procuram o M.Ou.Co., com destaque para mercados como França, Reino Unido, Espanha, Alemanha e só depois de Portugal, que aparece na quinta posição. Os turistas norte-americanos, belgas, holandeses, irlandeses e italianos surgem nas posições seguintes. A maioria das estadias comportam três ou mais noites.

Cartão de visita cosmopolita de uma cidade, de uma região e de um País, o M.Ou.Co. apresenta-se como um projeto alternativo que junta turismo, cultura, música, gastronomia e outras facetas num mesmo espaço, a pensar nas novas configurações de good living. Daí que não seja de admirar que as iniciativas destinadas a assinalar o aniversário reflitam o posicionamento, colado ao slogan de assinatura: Stay, Listen, Play.

Um dos eventos comemorativos evocará um dos perfis de visitantes habituais do local (os músicos), sob a forma de uma orelha gigante, também ela com assinatura. Dupla, pois que foi criada pelo artista plástico Hugo Castro para Manel Cruz (ex-Ornatos Violeta, Pluto e Supernada), e exponencia para a escala de um colosso o molde do ouvido externo de uma personalidade renomada da música.

Bem no foco de uma janela no lounge do bar, a peça, doada pelo ex-Ornatos Violeta (o primeiro músico a atuar no M.Ou.Co., a 9 de setembro de 2021) merecerá descerramento de placa evocativa, já no dia 9 de setembro, às 19 horas.

O clima de festa estende-se a todo o mês e contempla instalações artísticas, audiovisuais, exposições e, claro, muita música.

M.Ou.Co. – 1.º aniversário – Agenda

9 de setembro – Inauguração da instalação “Magazine Es·pa·ço”, 18h00-22h30, Terraço do Bar e Quarto 018

Instalação artística que transformará um dos quartos privilegiados do hotel numa experiência sensorial, marcadamente visual e sonora. Comunicações rádio de missões espaciais, ecos da selva amazónica, melodias do folclore shamânico de ayuahuasca e música ambiente típica de anónimas paisagens contemporâneas conjugar-se-ão com ‘kokedamas’ (bolas de musgo) suspensas, de diversas escalas e espécies vegetais, jogos de luz e sombras (chinesas incluídas) que invocarão ambiências imaginativas, a roçar o psicadelismo, mas também retroprojeções analógicas interativas e elementos decorativos artísticos e lúdicos.

Com assinatura do coletivo Logic is Overrated, a iniciativa, de portas abertas aos visitantes, pretende subverter o ‘normal’ conceito de quarto através de uma composição interior que exibirá uma grande variedade de linhas (inclusive de pensamento), recantos, texturas e objetos inusitados, a apelar à imaginação de cada um.

9 de setembro – Inauguração “A orelha do Manel”, 19h00, Bar M.Ou.Co.

9 de setembro – Baiuca + Live Band, by SON Estrella Galicia, 21h30m, Sala M.Ou.Co., 13€/16€

Projeto-revelação da música folktrónica galega, espanhola e mundial, a banda, liderada por Alejandro Guillán, mistura ritmos tradicionais galegos e eletrónica contemporânea, criando uma espécie de found footage que reinterpreta os códigos da música tradicional galega através de um olhar absolutamente atual, mas também futurista. O desempenho em palco levou Baiuca a quase 90 concertos em pouco mais de um ano, em diferentes geografias internacionais. Em Espanha, o grupo atuou na maioria dos festivais de referência e habituou-se a esgotar lotações dos locais artísticos mais emblemáticos. Em Portugal, voltaram a dar show no Festival Músicas do Mundo, em Sines. O concerto no M.Ou.Co. acontece graças à colaboração com o SON Estrella Galicia.

9 de setembro – Grandpa’s Lab (Light Installation) e Jejuno (Live Performance) by SON Estrella Galicia, 20h30m, no Átrio do M.Ou.Co.

Instalação luminosa, com a assinatura do coletivo especializado em video mapping e instalações audiovisuais, será complementada com uma performance ao vivo de Jejuno, nome artístico pelo qual é conhecida Sara Rafael, dona de uma eletrónica anímica tem deixado memórias indeléveis pelos palcos onde tem passado. A surpresa antevê-se marcante…

9-31 de setembro – Exposição de cartazes da programação cultural do M.Ou.Co., no Bar
10 de setembro – Instalação “Magazine Es·pa·ço”, 11h00-22h00, Quarto 018/Terraço

10 de setembro – Blood Red Shoes, 21h30m, Sala M.Ou.Co., 24€

Steven Ansell e Laura-Mary Carter trarão à Sala M.Ou.Co. o seu rock alternativo pleno de riffs. Em carteira estará o álbum ‘Ghosts On Tape’, para agitar a cidade e não deixar granito sobre cimento.

11 de setembro – Instalação “Magazine Es·pa·ço”, 11h00-18h00, Quarto 018/Terraço