M.Ou.Co.: Muito mais que um hotel, é uma casa onde se respira e vive música

Música e Outras Coisas são o mote que dá o nome ao M.Ou.Co. Não se trata apenas de um hotel, mas sim de uma Casa onde a Cultura e as Artes andam de mãos dadas. Este espaço localiza-se na cidade do Porto, mais precisamente na freguesia do Bonfim. Aqui, vive-se e respira-se a música em ambiente mais privado ou mais social. A Ambitur foi conhecer o novo espaço da Invicta e comprova a musicalidade vivida em qualquer canto: da sala de espetáculos ao restaurante, da musicoteca aos quartos, a música está verdadeiramente presente em todos os momentos.

“Stay.Listen.Play” é a assinatura de um projeto que começou por ser uma ideia já pensada há muitos anos e que só entre 2019 e 2020 saiu da gaveta. É assim que Teresa Martins, diretora-geral do M.Ou.Co., começa por revelar como nasceu a ideia de construir um hotel e, ao mesmo tempo, um espaço de artes e cultura na cidade do Porto. A ligação profícua que os proprietários (Ramón Rodriguez e Mickael Petit) sempre tiveram com a música foi o que esteve na origem desta unidade de quatro estrelas: “Desafiaram-se mutuamente para construir algo que se diferenciasse da hotelaria tradicional, começando por criar uma equipa que tivesse uma ligação à música. Aliás, a música é o fio condutor de tudo o que se faz neste espaço”. Ao contrário de um hotel tradicional, que oferece um menu de almofadas, no M.Ou.Co, todos os hóspedes têm um menu de guitarras para levar para o quarto: “Os hóspedes podem escolher de entre seis guitarras disponíveis a que querem levar para o quarto e experimentar”, indica Teresa Martins.

Foi no verão de 2021, em plena pandemia, que o M.Ou.Co. abriu portas e, desde então, o interesse e a curiosidade em conhecer o espaço têm aumentado significativamente: “Apesar dos meses iniciais terem sido muito atípicos, a comunicação, a aceitação e o fator-surpresa sempre funcionaram muito bem, sendo que, inicialmente, os concertos eram feitos no espaço exterior do hotel, com lotação esgotada”, recorda a responsável. A isto, junta-se o facto de se tratar de um “espaço multifacetado” que facilmente agrada aos hóspedes e aos visitantes, que são impelidos a conhecer a oferta cultural e social do M.Ou.Co: “O bar e o restaurante são espaços que têm muita procura para almoços ou mesmo para teletrabalho, assim como a sala de espetáculos que dispõe de 240 metros quadrados, estando preparada para receber não só́ os concertos previstos numa agenda cultural com programação própria, e que é desenhada de forma mensal, mas também seminários, enquanto lugar de partilha de saber e conhecimento”.

“…queremos ser o número um”

Tendo sempre a música como fio condutor, há ainda outro espaço que torna o M.Ou.Co. uma unidade ainda mais artístico e cultural: a “Musicoteca” está sempre aberta ao conhecimento e à aprendizagem. “Aqui, é possível voltar ao analógico, apreciar uma capa de um disco de sete ou 12 polegadas e ouvir a autenticidade de um bom vinil”, descreve Teresa Martins. O espaço, aberto ao público em geral e não só aos hóspedes, oferece uma coleção com mais de 600 discos, num catálogo em crescimento e que conta com a curadoria de vários artistas ligados à música e à cidade, bem como de uma seleção de livros especializados em música.

Numa ode às artes, à cultura e à música, os clientes do M.Ou.Co. podem ainda usufruir da esplanada e da piscina exterior, sendo possível ouvir um álbum ou ler um livro, enquanto se desfruta de uma bebida ou de um snack.  Aqui, os amigos de quatro patas são bem-vindos, sendo o M.Ou.Co um hotel pet friendly.

Após um ano de operação, Teresa Martins faz um balanço extramente positivo: “Contabilizando apenas os últimos seis meses, podemos dizer que ultrapassou as expectativas e conseguimos cumprir com aquilo que nos propusemos em termos de orçamentos, qualidade e serviços”. No que se refere ao curto, médio e longo-prazo, a diretora-geral sublinha aquele que é o grande objetivo: “Em termos de qualidade, de serviço e de procura, queremos ser o número um. Queremos que o M.Ou.Co. seja um local de referência a todos os níveis e que seja sempre sinónimo de qualidade e de serviço personalizado”.

Por Cristiana Macedo