Mabrian: Destinos mediterrânicos mais eficientes nas emissões de CO2 face a 2019

A Mabrian Technologies analisou e comparou a pegada carbónica dos turistas que chegaram aos principais destinos mediterrânicos em 2019 e 2022. Para o fazer, calcularam-se as emissões de CO2 devido à conectividade aérea em países como Portugal, Espanha, França, Itália e Grécia. Os dados para cada país incluem voos de qualquer ponto de origem no mundo para qualquer aeroporto nesse país, e o cálculo da pegada carbónica média por passageiro bem como nas emissões totais.

O estudo é agora publicado na Cimeira de Destinos Sustentáveis organizada esta semana pela Organização Mundial do Turismo em Maiorca, onde a Mabrian lança este novo indicador de sustentabilidade turística que será usado a partir de agora para calcular o impacto dos destinos a nível da sustentabilidade global do turismo. Este novo indicador junta-se assim a outros índices de sustentabilidade turística que a Mabrian já lançou no ano passado.

Para o estudo, o novo indicador analisou a pegada de carbono que será gerada pela chegada de visitantes por via aérea ao cinco dos mais importantes destinos de férias na Europa (Portugal, Espanha, França, Itália e Grécia) entre janeiro e outubro de 2022, comparando com igual período de 2019. Para este cálculo, o volume de assentos programados neste período para todos os aeroportos nestes países é usado como critério, calculando as emissões com uma estimativa de lugares ocupados e a pegada carbónica gerada pelos voos dependendo das rotas e do tipo de aeronave.

Entre as principais conclusões estão:

  • No total, os destinos analisados irão emitir entre janeiro e outubro deste ano 46,5 milhões de toneladas de CO2 para a atmosfera devido à conectividade aérea. Isto representa uma redução de 19% relativamente a igual período de 2019.
  • Contudo, a redução em lugares de avião que chegam a estes destinos entre janeiro e outubro é apenas de 7,23% face a 2019 – o que revela uma melhoria da eficiência de CO2.
  • Entretanto, a pegada de carbono média por passageiro diminui 5% face a 2019, passando de uma média de 120 kg/passageiro para 114 kg/passageiro.
  • A redução das viagens intercontinentais e a renovação das frotas com modelos mais eficientes em termos de combustível por parte das companhias aéreas está a contribuir para esta evolução positiva.

Por países, os resultados são os seguintes:

  • Espanha é o destino que emite maior pegada carbónica já que é o país que receberá mais visitantes. Porém, a sua média de pegada carbónica por visitante é inferior à de França ou Portugal.
  • A Grécia é o país que revela a melhor eficiência na média de CO2 por passageiro recebido durante 2022 com 97,72 kg/passageiro, 14% abaixo da média do resto dos destinos. Isto apesar de ser o único destino que aumentará o total das suas emissões em 2022, já que também prevê receber mais turistas: o total de toneladas de CO2 emitidas aumentará 4,6%.
  • Itália e Portugal são os destinos que melhor conseguem reduzir a sua pegada carbónica por passageiro, em 1,8% e 9%, respetivamente.
  • França é o único dos cinco países analisados que aumentará as emissões por passageiro em 2022 face a 2019, em 2,9%. Contudo, tem a segunda maior redução no total das emissões, de 24%. Isto apenas atrás da Itália, que reduz as emissões em 28% face a 2019.

Carlos Cendra, diretor de Marketing & Vendas da Mabrian Technologies, sublinha que “este indicador é uma excelente ferramenta para medir o impacto ambiental da chegada de visitantes a um destino por via aérea e permitirá que os gestores do destino atuem em colaboração com as companhias aéreas. A dependência de mercados remotos, os níveis de ocupação dos voos e o tipo de aeronave oferecida pelas companhias são todos aspetos relevantes a ter em consideração para reduzir o impacto da pegada de carbono de um destino”.