Mabrian: Viagens de longo curso recuperam mas ainda estão abaixo dos níveis de 2019

A Mabrian acaba de divulgar um estudo dos mercados emissores de Itália, Espanha, Inglaterra, França e Alemanha, que indica uma recuperação nos voos de longo curso. A análise foca estes países como destinos de longo curso entre abril e outubro de 2023, e revela que o número de lugares estão entre 7% a 11% abaixo dos níveis de 2019. Os dados deste ano indicam uma recuperação face a 2022, quando a quebra era entre 30% a 60% face a 2019.

A conectividade aérea doméstica recuperou ao longo do ano passado, em alguns casos ultrapassando os níveis pré-pandemia. Mas a recuperação da conectividade para destinos de longo curso tem sido mais lenta, em parte porque alguns países mantiveram restrições devido à Covid-19 e também porque os viajantes têm hesitado em voltar a confiar nas viagens para destinos mais longínquos.

A distribuição geográfica destas rotas de longo curso mudou significativamente em certos países, diz a Mabrian. Há novas rotas para destinos longínquos, algumas delas de aeroportos secundários, e rotas de longo curso que estão a recuperar de forma diferente entre diferentes aeroportos dentro do mesmo país.

Inglaterra

Na Inglaterra, a capacidade de longo curso está 7% abaixo dos níveis de 2019. A recuperação do longo curso não é uniforme em todos os aeroportos. Por exemplo, enquanto que Gatwick está 37% abaixo, em Heathrow e Stansted aumentou 3% e 30%, respetivamente.

Este ano, os viajantes britânicos que procuram destinos exóticos e distantes podem desfrutar de voos diretos para destinos como as Maldivas e Trinidad e Tobago, entre outros. Contudo, aqueles que preferem a Ásia, especialmente as Filipinas e Indonésia, terão de fazer escalas para chegarem aos destinos finais.

Alemanha

No caso da Alemanha, a capacidade do longo curso está 11% abaixo de 2019. Além disso, também há uma diminuição significativa das ligações diretas a países de longo curso, cerca de menos 24%. Entre os principais aeroporto que fazem ligações de longo curso, o Aeroporto de Düsseldorf revela sinais mais lentos de recuperação, com a capacidade ainda 64% inferior a 2019.

No que diz respeito a novas rotas, oferecem-se voos diretos para destinos como o Sri Lanka e Bahamas, e Malásia, Gâmbia e Trinidad e Tobago são alguns dos detsinos mais populares.

Itália

Em Itália, o número de lugares de voos de longo curso está 11% abaixo aos níveis de 2019. Porém, criaram-se novas ligações diretas para o país a partir de destinos como a Austrália, Bahamas e Maurícias. Observaram-se ligações de longo curso em aeroportos menos habituais, como o aeroporto de Nápoles, que aumentou a sua conectividade em 121% graças à capacidade aumentada para os EUA, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. Outra novidade são os voos diretos do aeroporto de Bergamo para os Emirados Árabes, Arábia Saudita e Cabo Verde.

Mas a Itália não tem ainda voos diretos para destinos como a Tailândia, Chile e África do Sul.

Espanha

A conectividade de longo curso em Espanha está 8% inferior a 2019. O número de países ligados diminuiu somente 3%, com novas rotas para Angola e El Salvador a destacarem-se, mas com rotas que não se renovaram como Japão, África do Sul e Etiópia.

Os aeroportos de Gran Canária e Tenerife Norte têm tido mais dificuldades em renovar os voos de longo curso, com um decréscimo de 52% e 70%, respetivamente, face a 2019. Contudo, Málaga melhorou a sua conectividade direta, introduzindo novas rotas diretas para o Egito, Emirados Árabes Unidos e Qatar, entre outros destinos. Outra importante nova ligação foi o voo direto que liga Palma de Maiorca a Nova Iorque.

França

O país revela uma redução de 8% na conectividade aérea de longo curso, com o número total de países com ligações a descer 9% face a 2019. Algumas novidades incluem o facto de que os franceses podem desfrutar de conectividade para destinos exóticos como a Tanzânia, Ruanda e Sri Lanka sem necessidade de escalas, embora para chegarem a destinos como o Equador, Venezuela e Seychelles tenham de procurar outras ligações.

O aeroporto de Toulouse assistiu ao maior crescimento em termos de capacidade de longo curso, com a introdução de novas rotas que ligam o destino ao Qatar, Senegal e Canadá. O aeroporto de Bordéus acrescentou novas rotas diretas ao Senegal e Guadalupe.