Madeira perde 106 mil lugares com falência da companhia aérea Germania

A Madeira vai perder 106 mil lugares anuais do mercado alemão com a anunciada falência da transportadora Germania Airlines.

De acordo com Agência Lusa, esta companhia fazia sete voos semanais para a Madeira no período de inverno e para a secretária regional do Turismo, Paula Cabaço, “naturalmente que não é uma boa notícia, porque tem impactos no curto prazo”.

Para hoje, estavam previstos quatro voos.

“De repente, o destino perde 106 mil lugares de avião” para todo o ano, especificou, sendo o mercado alemão o segundo na vinda de turistas.
Paula Cabaço crê, no entanto, que, a médio prazo e em conjunto com a ANA – Aeroportos de Portugal, o trabalho de captação de novas rotas vai intensificar-se “para substituir esta perda de lugares por outra companhia aérea”.

A governante recordou que este trabalho já tinha sido feito quando, em 2017, a companhia área Monarch ou a Air Berlim também anunciaram a falência.

A transportadora aérea explicou que os problemas de liquidez surgiram “principalmente devido a eventos imprevisíveis, como aumentos maciços nos preços dos combustíveis no verão passado e o simultâneo enfraquecimento do euro em relação ao dólar, atrasos consideráveis na entrada de aeronaves na frota”.

Quanto aos passageiros afetados pela suspensão das operações de voo, a Germania Airlines assumiu quem reservou voo como parte de um pacote de férias pode entrar em contacto com o operador turístico para organizar o transporte substituto, “para os passageiros que reservaram diretamente com a Germania, infelizmente, não há direito a substituir o transporte”.

Governo já está a diligenciar para recuperar voos

Face à falência da companhia, o presidente do Governo da Madeira, Miguel Albuquerque já informou que a região está a procurar soluções no sentido de recuperar os voos perdidos com origem na Alemanha.

À margem de uma visita efetuada a uma unidade de exportação de anona, no Mercado Abastecedor de Santana, o dirigente referiu que “já iniciamos diligências no sentido de recuperarmos esses voos tal como fizemos no início do ano passado com as falências da Monarch, Air Berlim e Niki Lauda Air”.