Mais de 250 mil pessoas visitaram Bussaco em 2016

No ano de 2016, mais de 250 mil pessoas, provenientes de 55 países, visitaram a Mata Nacional do Bussaco, o que representa um aumento de entradas na ordem dos 9% face a 2015. Os dados foram revelados pela Fundação que gere os 105 hectares de floresta pública localizada na freguesia de Luso, concelho da Mealhada.

Além disso, os números revelam ainda que a maioria dos visitantes que entraram no perímetro murado da serra, entre 1 de janeiro e 31 de dezembro de 2016, fizeram-no de automóvel. Ao todo, o ano passado, entraram 32.943 veículos ligeiros na Mata, ou seja, mais 1.400 do que em 2015.

Relativamente a mercados, Portugal continua a ser o país que mais visitantes atrai à Mata Nacional do Bussaco, seguido de França, Espanha, Alemanha, Israel, Holanda, Brasil, Estados Unidos da América, Inglaterra e Bélgica.

“O último ano tem sido absolutamente excecional, com muitos indicadores positivos. Temos vindo a registar um crescendo de procura por parte do público nacional e sobretudo internacional, um aumento significativo de visibilidade e notoriedade. Estamos no bom caminho. Sentimos que conseguimos fazer justiça ao Bussaco, colocando-o no ‘mapa’”, afirma António Gravato, presidente da FMB.

Recorde-se que o “Deserto dos Carmelitas Descalços e Conjunto Edificado do Palace do Bussaco” fazem parte da lista indicativa de locais com pretensões ao reconhecimento de Património Mundial da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).

Neste sentido, no próximo dia 16, a FMB e a Câmara Municipal da Mealhada irão apresentar publicamente, na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), o projeto de candidatura do Bussaco à UNESCO, coordenado por uma empresa especializada, paga com fundos europeus, através do consórcio regional da Estratégia de Eficiência Coletiva Provere iNature – Turismo Sustentável em Áreas Classificadas.

Rui Marqueiro, presidente do Município da Mealhada considera que “é de elementar justiça que se olhe para este património histórico, cultural, religioso e militar com outros olhos e se empreste outra atenção a uma floresta que tem uma fauna e flora riquíssimas e guarda mais de uma centena de edifícios relevantes (a única via-sacra no Mundo à escala de Jerusalém, por exemplo”.

Na opinião do autarca, “é completamente injusto que este espaço fabuloso ainda não tenha sido declarado Monumento Nacional, o que abriria desde logo novos horizontes na captação de fundos para requalificar o património edificado e manter a vasta zona florestal”.O diploma que eleva a Mata a Monumento Nacional ficou pronto ainda durante a passagem de João Soares pela Cultura e aguarda homologação em Conselho de Ministros.

Atualmente classificado como Imóvel de Interesse Público, o conjunto monumental do Bussaco apresenta um núcleo central formado pelo Palace Hotel do Bussaco (instalado desde 1917 num pavilhão de caça dos últimos reis de Portugal) e pelo Convento de Santa Cruz, a que se juntam as ermidas de habitação, as capelas de devoção e os Passos que compõem a Via-Sacra, a Cerca com as Portas, o Museu Militar e o monumento comemorativo da Batalha do Bussaco.