Marina de Vilamoura conta já com reservas dos portugueses e sugere alargamento da época balnear

As fronteiras marítimas continuam encerradas mas a Marina de Vilamoura prosseguiu o seu trabalho “de forma diferente” e preparou as suas praias com todo o rigor. A diretora Isolete Correia defendeu, no webinar da Ambitur “Algarve no Horizonte”, que contou com o apoio da Região de Turismo do Algarve,o prolongamento da época balnear e adianta que a Marina tem já “muitas reservas” do mercado nacional. 

A Marina de Vilamoura “nunca encerrou portas” ao longo do período de confinamento, mantendo o seu funcionamento com “embarcações o tempo inteiro” de acordo com as regras da DGS. “Estivemos presentes de uma forma diferente”, resume Isolete Correia. Até ao momento, o “trânsito de embarcações só é permitido entre marinas e portos de recreio nacionais” pelo que “ainda não estamos a receber embarcações do exterior” e as empresas marítimo-turísticas também se mantêm encerradas “a aguardar as normas específicas” de reabertura estipuladas pela Autoridade Marítima.

No entanto, a Marina de Vilamoura encontra-se na “expetativa de que abram as fronteiras marítimas para podermos voltar” à atividade, nomeadamente, “na náutica de recreio, por ser uma atividade ao ar livre, penso que teremos não totalmente aquilo que pretendíamos mas próximo”, reconhece a diretora. A responsável não tem dúvidas de que “o nosso principal mercado vai ser o português” e a Marina já nota “muitos pedidos de reserva”.

Isolete Correia afirma que a maior preocupação é “o desafio de abrir ‘Clean & Safe'” e reconhece que “o turismo, de facto, foi buscar o lema mais importante”. O Algarve parece ser o destino “preferido” dos portugueses e estrangeiros para este verão, por ser já um destino turístico de excelência e “porque o país nesta pandemia foi cotado como dos melhores”. A diretora da Marina de Vilamoura não esquece que “o tecido empresarial está fragilizado” mas “com grande vontade de reativar os seus negócios da melhor forma possível”.

“Era importante alargar o período de época balnear”

Quanto às praias, a responsável adianta que “a nossa preocupação é efetivamente a segurança e cativar a confiança de quem nos visita e de quem lá está também a prestar serviços, muito sensibilizados e formados para receber bem e com todos os cuidados”. Existe uma série de “novos procedimentos” que “fazem todo o sentido” como a sinalização no areal, a desinfeção e maior distância entre colmos nas concessões — reduzidos para metade.

Na sua opinião, “era importante tentar alargar o período de época balnear” para quem quiser continuar a ter “praia aberta” além de 30 de setembro, até porque “se todos cumprirmos as regras vamos ter todas as condições operacionais para receber público e, normalmente, quem vem nessas alturas são os estrangeiros”.

Como nota final, a diretora da Marina de Vilamoura comenta que o importante é “receber como sabemos receber, no patamar de qualidade que habituámos todos os que nos visitam, e não esquecer a responsabilidade de transmitir a confiança das regras porque, a partir do momento que falhamos nesse sentido, estamos a comprometer o destino de eleição”.

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