Mercados externos impulsionam crescimento da hotelaria em junho

A hotelaria registou 2,1 milhões de hóspedes e 5,9 milhões de dormidas em junho de 2017, correspondendo a variações de 8,5% e 8,0% (7,0% e 6,5% em maio, respetivamente), segundo revelam os dados do INE hoje. O mercado interno recuou 0,2%, interrompendo a tendência crescente (+3,8% em maio), enquanto os mercados externos aceleraram (+11,2% face a +7,2% em maio).

A estada média (2,89 noites) decresceu 0,5%. A taxa de ocupação-cama (61,3%) aumentou 3,8 p.p. Os proveitos continuaram a aumentar (+18,3%), em nível semelhante ao do mês anterior (+18,5%), tendo atingido 350,4 milhões de euros. Os proveitos de aposento atingiram 258,3 milhões de euros e apresentaram um crescimento de 20,3% (+20,2% em maio).

No 1º semestre de 2017 as dormidas de residentes aumentaram 4,3% e as de não residentes cresceram 11,6%.

Aceleração nos hóspedes e nas dormidas
Em junho de 2017, a hotelaria alojou 2,1 milhões de hóspedes e 5,9 milhões de dormidas (+8,5% e +8,0%,
respetivamente), evoluções superiores às verificadas em maio (+7,0% e +6,5%, respetivamente). As dormidas em hotéis (66,8% do total) apresentaram um crescimento de 9,7%. As restantes tipologias e respetivas categorias apresentaram evoluções maioritariamente positivas, como as pousadas (+10,9%), os apartamentos turísticos (+9,4%) e os aldeamentos turísticos (+9,0%)

Crescimento das dormidas apenas de não residentes
O mercado interno contribuiu com 1,5 milhões de dormidas, que representaram um ligeiro decréscimo de 0,2% (+3,8% em maio). Os mercados externos aceleraram para um crescimento de 11,2% (7,2% em maio), atingindo 4,4 milhões de dormidas. No 1º semestre do ano as dormidas de residentes aumentaram 4,3% e as de não residentes 11,6%.

Mercado alemão com crescimento significativo
Os 13 principais mercados emissores representaram 86,1% das dormidas de não residentes e apresentaram
resultados maioritariamente positivos.

O mercado britânico (25,8% das dormidas de não residentes) registou um crescimento de 4,6% em junho. No conjunto dos primeiros seis meses do ano este mercado cresceu 5,8%. O mercado alemão (13,6% do total) voltou a crescer, aumentando 14,8% face a junho de 2016. No período de janeiro a junho este mercado cresceu 9,0%. As dormidas de hóspedes espanhóis (7,0% do total) registaram aumentos de 3,8% em junho e 4,9% no 1º semestre de 2017. O mercado francês (9,6% do total) recuou 3,9% mas apresentou um crescimento de 4,4% nos primeiros seis meses do ano.

Entre os principais países, destacaram-se os crescimentos apresentados em junho pelos mercados brasileiro (+55,0%), americano (+35,0%) e polaco (+19,0%). Estes mercados, entre os principais, foram também os que mais aumentaram no primeiro semestre do ano (+55,4%, +31,4% e +35,6%, respetivamente).

Crescimento das dormidas em todas as regiões
Em junho, observaram-se aumentos das dormidas em todas as regiões, com destaque para a RA Açores (+18,6%) e Centro (+14,0%). As dormidas concentraram-se principalmente pelo Algarve (peso de 38,2%) e AM Lisboa (peso de 22,4%). Neste mês houve um acréscimo de 438,5 mil dormidas (face a igual mês do ano anterior), do qual 28,3% foi gerado pelo acréscimo de dormidas na AM Lisboa (124,1 mil dormidas adicionais) e 27,5% pelo acréscimo verificado no Algarve (120,6 mil dormidas adicionais).

No conjunto dos primeiros seis meses do ano, todas as regiões apresentaram crescimentos, com destaque para as evoluções da RA Açores (+18,2%) e Centro (+14,7%).

As dormidas de residentes apresentaram um ligeiro decréscimo (-0,2%) em termos globais, mas ainda assim destacam-se os aumentos na RA Açores (+14,2%) e no Alentejo (+7,7%). O Algarve (-4,6%) e a AM Lisboa (-1,7%) apresentaram decréscimos do número de dormidas de residentes.

No primeiro semestre do ano, todas as apresentaram evoluções positivas, com enfoque na RA Açores (+20,3%).

As dormidas de não residentes cresceram em todas as regiões em junho, sobressaindo o Centro (+28,0%), a RA Açores (+21,5%) e o Alentejo (+18,6%). O Algarve (+8,6%) captou 41,0% das dormidas de hóspedes vindos do estrangeiro. Nos primeiros seis meses do ano o Centro demarcou-se com um assinalável crescimento de 28,2% nas dormidas de não residentes, secundado pela RA Açores (+16,6%) e pela AM Lisboa (+15,1%).

Taxa de ocupação com crescimento
A taxa líquida de ocupação-cama (61,3%) apresentou uma variação de 3,8 p.p. e cresceu em todas as regiões. As taxas de ocupação mais elevadas ocorreram na RA Madeira (79,2%), RA Açores (67,5%), Algarve (66,7%) e AM Lisboa (66,2%). A RA Açores (+8,9 p.p.) e a AM Lisboa (+6,1 p.p.) registaram aumentos assinaláveis na taxa de ocupação.

Proveitos mantêm nível de crescimento do mês anterior
Os proveitos totais atingiram 350,4 milhões de euros e os de aposento 258,3 milhões de euros (+18,3% e +20,3%, respetivamente), evoluções similares às verificadas no mês anterior (+18,5% e +20,2%, respetivamente).

Todas as regiões apresentaram aumentos nos proveitos, com maior evidência na RA Açores (+27,8% nos proveitos totais e +24,9% nos de aposento) e no Centro (+24,3% e +24,1%, respetivamente). O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) foi 60,2 euros, que se traduziu num aumento de 19,4% em junho (+20,1% em maio).

Na AM Lisboa e no Algarve o RevPAR ascendeu a 82,0 euros e 68,6 euros, respetivamente. Destacaram-se os
crescimentos no Centro (+26,6%) e Norte (+26,3%). A evolução do RevPAR foi globalmente positiva entre as diversas tipologias, com realce para hotéis-apartamentos (+20,5%) e hotéis (+19,6%), nos quais se destacou a categorias de três estrelas (+23,7%).