Segundo dados do INE, durante o mês de julho, Portugal alcançou os 371,6 milhões de euros em proveitos totais. Com um aumento de 16,8% em relação ao período homólogo, estes resultados mantêm a tendência de crescimento iniciada há mais de um ano e representam um crescimento face ao mês anterior (que havis registado um aumento de 16%), superando também o acumulado de janeiro a julho (+16,7%). Para além disso, destaque ainda para o aumento de 17,5% nos proveitos de aposento, totalizando cerca de 280,6 milhões de euros e que seguem a tendência de crescimento.
Neste indicador, os Açores (+25,8% nos proveitos totais e +25,1% nos de aposento) e a região Norte (+23,8% e +24,9%) foram os que mais cresceram. Em Lisboa observou-se uma aceleração, tanto nos proveitos totais (+14,4%, face a +4,9% em junho), como nos de aposento (+12,2%; +3,7% no mês anterior), com resultados semelhantes a maio.
Em julho, os estabelecimentos hoteleiros registaram 2,1 milhões de hóspedes e 6,5 milhões de dormidas, um aumento de 10,2% e 7,0%, respetivamente, face ao período homólogo. O rendimento médio por quarto disponível (RevPar) do mês foi de 63,6 euros, correspondendo a um acréscimo de 13,4%, com o Algarve a registar o maior valor (90,5 euros), seguido de Lisboa (71,5 euros). Já a taxa líquida de ocupação-cama fixou-se em 65,0% (+2,1 p.p.), resultado em linha com o do mês anterior (+2,6 p.p.). Nos sete primeiros meses do ano esta taxa foi 46,6% (+2,5 p.p.).
O relatório do INE, agora apresentado, demonstra, no entanto, que o mercado interno desacelerou acentuadamente (+2,0%, face a +8,5% em junho, após -1,3% em maio). E ainda que o número de hóspedes tenha seguido a disposição de ligeiro crescimento, as dormidas desaceleraram e a estada média reduziu-se em 2,9% para 3,13 noites.
Os principais mercados representaram 86,7% das dormidas de não residentes, quota semelhante à de julho de 2015 (86,4%). O Reino Unido, com um peso relativo de 24,8%, teve um aumento de 7,7% nas dormidas dos seus residentes, à semelhança do mês anterior (+7,8%), mas aquém do acumulado de janeiro a julho (+12,2%). A Espanha seguiu-se como o segundo maior mercado (com 12% em julho), abaixo, no entanto do acumulado de janeiro a julho (+13,2%). Fora da Europa, os Estados Unidos registaram o maior aumento (+28,8% face ao período homólogo), sendo que no Brasil se verificou um decréscimo de 2,2%.
Em território nacional, sublinhar ainda os hotéis que concentraram 63,9% das dormidas, o que correspondeu ao maior aumento (+10,6% em períodos homólogos) entre as várias ofertas de estadia. Seguiram-se os hotéis-apartamentos (+9,4%), com destaque para as unidades de quatro estrelas (+11,2%).