Miguel Frasquilho: “A médio prazo a TAP vai voar para a China”

A 2.ª edição do Shopping Tourism & Economy Summit Lisboa recebeu como keynote speaker Miguel Frasquilho, charmain da TAP, que realçou o crescimento do número de turistas chineses em Portugal — um dos mercados que mais gasta no país — e a ambição de, um dia, a transportadora aérea nacional “voar” para a Ásia.

O charmain da TAP reflete o número cada vez maior de turistas “de paragens que não eram habituais [europeus]”, com destaque para visitantes oriundos dos Estados Unidos, Brasil, Canadá e China. Com mercados mais longínquos, os turistas que “mais gastam por estadia” são, sobretudo, os chineses e os americanos (depois os russos, brasileiros, angolanos e moçambicanos).

Entre esses, Miguel Frasquilho afirma que “os visitantes da China têm vindo a aumentar a dois dígitos por ano. O ano passado ultrapassámos, pela primeira vez, os 300 mil visitantes da China e, este ano, vamos ficar acima dos 350 mil”. Face ao dinamismo mundial do continente asiático, o responsável admite não ter “grandes dúvidas” de que “a médio prazo a TAP vai voar para a Ásia” garantindo que “economicamente faz todo o sentido”. Miguel Frasquilho esclarece não é para “amanhã” ou o próximo ano mas que há-de acontecer “naturalmente”.

“Estamos a atingir um patamar que começa a ser muito interessante para uma companhia como a TAP, que está claramente virada para o Atlântico mas que obviamente para ser global tem que ter um ‘olho’ na Ásia”, justifica. “Só assim, Lisboa e Portugal podem ser considerados um hub global” acrescenta.

“Dores de crescimento” da TAP 

Miguel Frasquilho afirma que “vivemos um momento muito importante [no país] e, nós TAP, sentimos que fazemos parte desse momento e que estamos a beneficiar dele”, embora, falte que “as contas da TAP possam passar a corresponder a este aumento de aeronaves e destinos”. Segundo o charmain, este é um “período de transição” para a companhia aérea nacional e “todo o trabalho que tem vindo a ser feito vai produzir resultados porque, de facto, a transformação da companhia está aí”. São “dores de crescimento”, assegura.