Montebelo Hotels & Resorts: “O setor depende de fatores que não o mero alojamento e que fogem ao seu controle”

Depois de alguns meses de portas fechadas, são já vários os hotéis que começam a reabrir para um “novo” verão.  A Ambitur.pt está a falar com algumas dessas unidades, que nos contam quais as expectativas que têm para os próximos meses e como está a ser feita esta abertura.

A reabertura dos Montebelo Hotels & Resorts foi feita de “forma faseada” em “dois momentos distintos” — no início de junho e durante a 2.ª quinzena — cuja “maior procura e reservas em carteira foram do mercado nacional”, como descreve Jorge Costa, vice-presidente da Visabeira Turismo, pois “as medidas em vigor referentes a voos e abertura de fronteiras condicionaram de forma clara as nacionalidades” que procuram os hotéis Montebelo e o destino Portugal.

Fruto das “características muito específicas de algumas das nossas unidades”, entre as quais a localização, o Grupo Montebelo perspetiva para os “meses de verão” uma “boa recetividade”, sobretudo, por parte do mercado português que “responde de forma positiva” às campanhas promocionais. Ainda assim, o Grupo mantém-se “atento às próximas regras referentes à abertura de fronteiras” congratulando a reabertura das fronteiras terrestres com Espanha, um “mercado importante” para os Montebelo, sublinha o responsável.

“Clean & Safe” como resposta aos receios dos clientes

No início dos planos de reabertura das suas unidades, o Montebelo Hotels & Resorts optou por “fazer um inquérito a toda a base de dados de clientes” para “entender os seus receios e aquilo que consideravam importante para o regresso em segurança”, realça Jorge Costa. O segundo passo foi colocar em práticas “as medidas e soluções para responder a esses receios”. Os Montebelo aderiram de imediato ao selo “Clean & Safe”, do Turismo de Portugal, assim como a todas as “recomendações oficiais” de higiene e segurança para hóspedes e colaboradores.

“A pandemia trouxe ensinamentos importantes a todo o setor da hotelaria”

Para Jorge Costa, a pandemia “trouxe alguns ensinamentos importantes a todo o setor da hotelaria e turismo”, nomeadamente, no que respeita à globalidade e interdependência. Ou seja, o setor do turismo está “dimensionado para um mercado global” e “dependente de fatores que não o mero alojamento”, que “fogem ao seu controle ou responsabilidade”, como a saúde, acessibilidade, transportes, empresas e eventos.

Os três principais desafios, na sua opinião, são a sazonalidade “que se vai acentuar”, a quebra do negócio do segmento corporate que “se alterou profundamente com o aumento do teletrabalho” e, finalmente, o segmento de eventos e reuniões que “vive ainda um período de muita incerteza, sem regras absolutamente definidas”. O vice-presidente da Visabeira Turismo comenta ainda que tais desafios são “comuns a todos os mercados”.