Movijovem pretende promover Portugal através das Pousadas da Juventude

A gerir a rede de Pousadas de Juventude e o programa Cartão Jovem EYC, a Movijovem tem como missão “promover a mobilidade” e o “intercâmbio juvenil em Portugal”. A Ambitur.pt foi conhecer melhor esta empresa que administra uma rede de 41 pousadas, sendo que 35 são geridas diretamente por esta empresa e seis estão concessionadas.

Miguel Perestrello, administrador da Movijovem, sublinha que o objetivo “não é sermos uma entidade comercial” nem “o lucro de exploração comercial de unidades hoteleiras”. Mas sempre vai dizendo que é fundamental “rentabilizar” as unidades. A empresa é uma cooperativa de capital maioritariamente público e com 20% de capital privado (10% da FNAJ – Federação Nacional das Associações Juvenis e os outros 10% do Conselho Nacional da Juventude).

A Movijovem usa a mensagem “Hi Portugal” que surge do slogan “Say Hi to the World” da Hostelling Internacional, uma rede internacional na qual a entidade está integrada. Esta contextualização serve para posicionar internacionalmente a rede Pousadas de Juventude Portuguesas: “do ponto de vista comercial, conseguir rentabilizar as nossas unidades e conseguir cobrir a nossa missão social”, explica. “Queremos aproveitar essa mensagem” ao mesmo tempo que nos associamos à Hostelling Internacional.

Nos últimos anos, a Movijovem teve um “processo de expansão muito grande” e obteve os “resultados de investimentos públicos de vários anos”. Para 2019, está prevista a abertura de mais uma Pousada da Juventude: a 42.ª unidade vai abrir em Braga e será um “investimento municipal” gerido pela autarquia. Para já, não está nos planos da direção da Movijovem “expandir a rede” sob sua gestão.

São várias as ações a que a Movijovem se tem associado. A presença nas feiras internacionais são um exemplo que, segundo Miguel Perestrello, “serve para projetar a rede internacionalmente” e conseguir “captar mais turistas internacionais”. Neste momento, e sem atividade de promoção externa, cerca de “33% dos clientes são turistas estrangeiros”. Aliás, “o europeu de proximidade” é o principal mercado da Movijovem, perspetivando-se “um esforço no investimento na promoção”. As feiras são, assim, uma forma “importante para chegar ao consumidor final” e para “encontrar novas oportunidades de negócio” através de operadores e agentes de viagens, indica.

As unidades estão dispersas pelo território nacional “de uma forma abrangente”. São cerca de 3600 camas espalhadas por Portugal. Embora seja um “desafio” estarem dispersos pelo território, Miguel Perestrello considera esta condição como sendo uma “oportunidade” e uma “mais-valia” para a Movijovem, que consegue estar por todo o país, sendo que Lisboa e Porto servem como “porta de entrada” e como promoção para as restantes zonas onde a rede marca presença. O administrador explica assim que o “projeto que está em cima da mesa” visa aproveitar as “grandes portas de entrada” promovendo “todas as regiões de baixa densidade”. Além desta promoção, a Movijovem, em parceria com a Comboios de Portugal (CP), combina as viagens ilimitadas de comboio com o alojamento em pousadas, permitindo que, “de uma forma sustentável, consigamos potenciar as regiões”. A somar a isto está o “projeto de envolvimento com as comunidades locais”, conseguindo que essas “possam participar na atividade turística que a Movijovem proporciona”.

Fazendo um balanço de 2018, a rede ultrapassou “pela primeira vez, o meio milhão de dormidas. Financeiramente, foi o melhor ano”, afirma o administrador. Para 2019, a Movijovem quer manter os números mas, acima de tudo, “fazer um investimento de remodelação e renovação na rede”, sustenta Miguel Perestrello. O objetivo passa pela adoção de “um conceito mais moderno” e “adaptado à procura”, orientado para o segmento juvenil, mas que “corresponda também a todas as idades” por forma a “conseguir que todos mentalmente se sintam jovens para ficarem numa pousada”, conclui.