MSC Cruzeiros quer ser “terceira maior companhia por capacidade” até 2026

A MSC Cruzeiros apresentou, na passada sexta-feira, o novo catálogo para a época 2019/2020. O novo período traz novos itinerários para variados destinos e Lisboa apresenta-se com um dos pontos de escala.

A Ambitur esteve na conferência de imprensa de apresentação da nova brochura e foi Eduardo Cabrita, diretor-geral da MSC Cruzeiros para o território nacional, quem revelou todas as novidades.

Lisboa e Ponta Delgada recebem cruzeiros. Funchal está em planos futuros

Lisboa vai ser escala de, pelo menos, cinco itinerários dos cruzeiros MSC. Eduardo Cabrita descreve este plano como sendo “relativamente idêntico ao do ano passado”, sendo que existe “mais um cruzeiro e mais algum posicionamento”.

MSC Preziosa

O diretor-geral afirma que as viagens a bordo do MSC Preziosa, tal como este ano, serão de 10noites e decorrerão entre setembro e novembro de 2019. As escalas serão a 28 de setembro, a 7, 16 e 25 de outubro e 3 de novembro. Haverá ainda lugar para um itinerário mais curto de apenas cinco noites a 12 de novembro e que permite fazer a viagem Lisboa-Génova. Por sua vez, o MSC Divina fará o itinerário entre Miami e Génova. A viagem, que se realizará em março, terá a possibilidade de desembarque na capital portuguesa e inclui uma escala em Ponta Delgada, nos Açores.

Apesar destas escalas em território nacional, a Madeira não será contemplada, pelo menos, para já. A empresa tem planos para lançar um cruzeiro Funchal-Israel com uma duração de 22 dias. No entanto, e apesar de considerar o projeto “maravilhoso”, Eduardo Cabrita diz que é difícil acreditar que o cruzeiro pudesse “ter o número suficiente de pessoas para considerar fazer esses 22 dias. Mas acredito que, com o decorrer dos anos, possamos pensar nisso, não para 2019, mas para o futuro”, refere.

Sobre as novidades de itinerário, o diretor-geral contou aos jornalistas que a “Volta ao Mundo 2020”, a segunda viagem do género da MSC Cruzeiros, já está esgotada há vários meses. A bordo do MSC Magnifica haverá capacidade para 3300 passageiros. Eduardo Cabrita considera este navio como “ideal para fazer este tipo de operações”. Com uma viagem que vai de janeiro a abril de 2020, o navio vai ter escala em Lisboa, sendo que o ritmo de venda “vai num bom caminho”. O cliente poderá contar com “mais itinerários estudados”, estando a empresa já a pensar” em 2021 com escala em novos países para “alavancar novos passageiros”.

A par disso, há “novos cruzeiros longos no norte da Europa com partida de Hamburgo”, já no verão de 2019. A Ocean Cay MSC Marine Reserve, a nova ilha privada da MSC nas Caraíbas, também é uma das grandes novidades. Depois de uma reestruturação, a ilha tornou-se num “habitat natural preservado de biodiversidade”. O responsável explica que a ideia “é utilizá-la, respeitando os valores da natureza e do oceano” e será um dos pontos de escala dos itinerários com saída de Miami já a partir de novembro do próximo ano.

Crescimento sem precedentes da MSC Cruzeiros

O objetivo é claro: até 2026, a MSC Cruzeiros quer ser “a terceira maior companhia por capacidade”. O plano de expansão descrito por Eduardo Cabrita contempla seis novas classes de navios, sendo que cinco já estão disponíveis desde 2017. A par disso, nos próximos três anos e meio, a empresa vai receber seis novos navios. Este acréscimo à frota vai possibilitar, segundo o responsável, que “em 2020, dupliquemos a capacidade que temos instalada desde 2017. É um crescimento abrupto muito bem pensado e muito bem estruturado”, acrescenta Eduardo Cabrita. A empresa tem já os olhos postos em 2026: “Com os sete navios em planeamento, aí triplicaremos o número de passageiros que temos desde 2017”, afiança.

As atenções viraram-se então para a classe “Meraviglia” que terá a sua “grande possibilidade de crescimento” com os novos MSC Bellisima e MSC Grandiosa.  Com saída prevista para o próximo ano, os dois navios trazem diversas novidades como Yacht Club renovados, novos espaços para famílias e experiências gastronómicas renovadas. A par destas novidades, há também a parceria “única” com a companhia de circo canadiana Cirque du Soleil. A companhia criará assim oito espetáculos diferentes para os cruzeiros MSC, sendo que os lounges serão “desenhados e são únicos por navio”, mediante os espetáculos desenvolvidos pela companhia.

MSC Bellissima

MSC Grandiosa

 

 

 

 

 

 

 

Em termos de operação, a MSC Cruzeiros garante que em 2019 terá uma “vasta programação”, sendo que, no verão, terá 16 navios em operação “incluindo dois navios colocados nas Caraíbas, Cuba e Antilhas, aos quais se juntam mais quatro navios no Norte da Europa e outros quatro no Mediterrâneo Ocidental”, sustenta Eduardo Cabrita.

Uma operação que se espelha nos resultados da MSC que espera atingir, já em 2018, o “maior crescimento até hoje” em Portugal. Eduardo Cabrita diz que o crescimento pode mesmo chegar aos “dois dígitos”, com o responsável apontar “provavelmente” para o “segundo dígito das dezenas”. As condições do mercado justificam estes resultados. Apesar do responsável para Portugal justificar-se com o estudo da Organização Mundial de Turismo sobre o facto de “os portugueses, em relação à Europa, gastam o dobro do dinheiro em férias”, Eduardo Cabrita não tira o mérito à empresa e à sua capacidade de lançamento de novos navios e diversificação de oferta. “O próprio posicionamento da MSC Cruzeiros, devido à comunicação que faz com o mercado e à própria marca, acaba, nos últimos 10 anos de existência, por criar um grande “buzz” à volta do que é a companhia e do que é o produto cruzeiros”, justifica.