MSC poderá causar impacto direto de 16 milhões de euros em Portugal

A MSC Cruises prevê, no próximo ano, ter 44 escalas em Portugal, sendo 20 em Lisboa, 16 no Funchal e as restantes em outros portos do país. Para Eduardo Cabrita, diretor-geral da empresa em Portugal, “se fizer uma média de três mil passageiros por cruzeiro a visitarem estes locais e se cada passageiro gastar uma média de 120 euros (dados APL), que é a média de gasto por passageiro que sai no navio, temos qualquer coisa como 16 milhões de euros de impacto direto na economia – isto só com a MSC”.

Questionado sobre o porto com mais potencial de crescimento em Portugal, o entrevistado é perentório: o Porto de Lisboa. Associando os dados da MSC Cruises aos do mercado, tudo indica que o Porto de Lisboa terá, no próximo ano, cerca de 350 escalas. “Este é um impacto grande, mas se olharmos isto doutra forma reparamos que Lisboa ainda está numa fase inicial do seu desenvolvimento. Ter 350 escalas é quase a mesma coisa praticamente, apenas visto de uma forma diferente, do que existia na década de 60/70, só que na altura a maior parte dos navios de cruzeiros iam/vinham para África”, indica o responsável.

Tendo em conta a inauguração do novo terminal de cruzeiros na cidade, Eduardo Cabrita indica que “vamos (MSC Cruises) ter eventualmente mais escalas de turnaround com o novo Porto de Lisboa, há pelo menos essa possibilidade porque o Porto o permite, agora vão ser as companhias a decidirem”. Segundo o entrevistado “o Porto de Cruzeiros de Lisboa, tal como está constituído, é uma mais- valia, pois permite full & big turnarounds, algo que era muito difícil até hoje, pois a partir dos 800 passageiros o porto perdia capacidade de escoamento, havendo muitas queixas, sendo assim deixou de ter essa limitação”.

Para o próximo ano, a MSC terá cinco cruzeiros à partida de Lisboa (setembro-outubro-novembro). Se tudo correr bem, a companhia espera conseguir entre 700/ 900 portugueses em cada um dos cruzeiros. “Este é um grande desafio. Há uma clara aposta nos cruzeiros de Lisboa-Lisboa. Quando conseguirmos ultrapassar eventualmente um terço da capacidade do navio à partida de Lisboa teremos capacidade para ativar dentro da MSC um novo panorama para os cruzeiros à porta de casa”, conclui o responsável.