“Não defendemos que a TAP faça rotas que tenham prejuízo”

À margem do almoço mensal da Associação da Hotelaria de Portugal, que decorreu, ontem, em Lisboa, Raul Martins, administrador do grupo Altis e candidato à presidência da AHP, defendeu a rentabilidade da TAP, agora “uma empresa de direito privado, mas com participação pública” . “Não podemos olhar para a TAP como uma empresa que é privada e não tem que ser rentável, portanto, há que encontrar o equilíbrio entre aquilo que são os custos da operação e aquilo que são as receitas. Não defendemos que a TAP faça rotas que tenham prejuízo, mas também não defendemos, de forma nenhuma, que se acabem com rotas que, para além do fluxo turístico, também apoiam outras atividades nacionais de exportação. Quem tem que fazer esses equilíbrios é de facto o Governo e a Região”, afirmou.

 

O responsável lembrou que” quando as low cost voam são subsidiadas e, portanto, lá porque a TAP é nacional, não pode deixar de ser rentável e esse equilíbrio tem de ser conseguido com o apoio da região e do governo”.

 

Na mesma ocasião, o atual presidente da AHP, Luís Veiga acrescentou que o problema do abandono das rotas, consideradas importante, é também colocado à Ryanair. Afirmando que este é um “risco existente” também na low cost irlandesa, Luís Veiga afirmou que “as low cost vendem turistas para o destino e não o contrário e ao venderem turistas para o destino podem abandonar um destino que deixou de ser apetecível ou rentável.Neste momento a Ryanair tem um incentivo considerável por parte da ANA para viajar para o aeroporto Sá Carneiro, portanto esse risco existe também com a Ryanair e poderia continuar a existir se o destino Porto e Douro não tivesse, ao longo destes últimos anos, tido uma grande procura”.