“Não quero fazer mais do que um mandato” na Go4Travel

Recentemente nomeado para a presidência da Go4Travel, Vítor Filipe, partner da TQ Travel Quality, afirmou ao Ambitur.pt, que “uma das premissas que colocou aos seus colegas desta nova administração é que só iria fazer um mandato”. “Os mandatos são de três anos, não quero fazer mais do que um mandato, será esse o meu timing em relação à Go4Travel”, acrescentou.

Afirmando que é objetivo desta nova administração “desenvolver ainda mais a Go4Travel”,  dando-lhe uma “nova dinâmica”, Vítor Filipe dá conta de que tem já “em mente vários projetos” e que serão levadas a cabo algumas alterações no seio desta sociedade. Uma delas será ao nível do modelo de governação. “O pacto social da Go4Travel não previa que os corpos sociais fossem exclusivos de acionistas, isso era uma das coisas  que contestávamos, não podem ser membros, quer da administração, quer da assembleia geral, não acionistas”, explicou Vítor Filipe, acrescentando que haverá também “limitação de mandatos no pacto social” para “não se perder a dinâmica”. “As administrações vão ser rotativas, portanto,  quando terminam os mandatos, há dois administradores, no mínimo, que têm de sair, para que se continue a trilhar caminhos de inovação e de futuro”.

Outro dos projetos, indica Vitor Filipe, é o “desenvolvimento e melhoria da plataforma de reservas de alojamento, o Tribook. “Temos de desenvolver a área tecnológica, temos no seio desta administração que é um expert que é o engenheiro João Matias (Cosmos) que vai pegar nessa área, aqui tambémpodemos ser uma mais valia para os nossos acionistas “, acrescenta.

A exploração do lazer está também a ser estudada. Um dos projetos que está em cima da mesa, é o desenvolvimento de “uma brochura própria alavancada nos nossos acionistas e provavelmente até outros operadores que não são nossos acionistas”, acrescenta Vítor Filipe.

Afirmando que no seu entender a anterior administração “teve demasiado tempo na Go4Travel”, Vítor Filipe assegura que, ainda assim, “fez o seu trabalho”.  “Entretanto vai entrar sangue novo,  gente credenciada, que tem histórico, empresas que tiveram sucessos, têm trabalho feito e vamos dar uma dinâmica nova à Go4Travel, provavelmente vamos crescer e estamos numa fase provavelmente de admitir novos acionistas, dar mais peso no mercado à Go4 Travel”. Esta é hoje constituída por 37 acionistas, que representam mais de 300 milhões de euros de faturação.

Dando conta de que até à compra pela Springwater da Geostar, a Go4Travel era o “maior produtor de passagens aéreas em Portugal” e portanto, “com um grande peso no setor”, Vítor Filipe afirma que  a maioria das empresas da sociedade “são empresas que atuam na área das viagens de negócio, havendo também muita gente ligada ao receptivo e grandes operadores”. O objetivo  da Go4Travel, conclui o responsável, é “gerar mais valias para essas empresas”.