Não renovação com a Ryanair leva Portway a um “reajustamento” da sua equipa

A Ryanair decidiu não continuar a usufruir dos serviços de handling da Portway nos aeroportos de Faro, Porto e Lisboa, o que faz com que a empresa tenha que fazer um ajuste nas suas equipas. Num comunicado enviado à imprensa, a Portway explica que a sua administração “analisou a situação criada com a maior preocupação e rigor, e, respeitando as melhores práticas laborais e sociais, desenvolveu todos os esforços para encontrar soluções que minimizassem as consequências da opção da Ryanair, que resulta da política de self-handling prosseguida pela companhia aérea logo que atinge massa crítica nos diversos mercados em que atua.  Por esse motivo, a Portway não pode deixar de proceder a um reajustamento para continuar a ser uma companhia eficiente, competitiva e sustentável, garantindo a segurança dos postos de trabalho à enorme maioria dos seus 2165 colaboradores”.

Os serviços que a Portway prestava à companhia aérea de baixo custo representavam cerca de um terço da atividade da empresa, o que obrigou a empresa a reduzir postos de trabalho, “que admitimos poder não ultrapassar os 8% a 10% do efetivo, caso seja possível garantir a conversão a tempo parcial de um conjunto determinado de postos de trabalho”.

“Decidimos ainda utilizar a capacidade negocial gerada no processo de resolução da relação comercial com a Ryanair, não para otimizar as margens de exploração, mas sim para garantir aos trabalhadores da Portway prioridade no processo de admissão a efetuar por esta empresa no Porto e Lisboa”, afirma a Portway no mesmo comunicado, no qual acrescenta que “os trabalhadores Portway, nomeadamente em Faro, que não sejam admitidos na Ryanair, poderão vir a ser integrados numa bolsa de recrutamento para complementar a necessidade de mão-de-obra nas épocas de maior tráfego aéreo, e naturalmente para preencher as vagas geradas pelo crescimento de atividade esperada para os próximos anos”.
A empresa conclui dando conta que  “decidiu informar as estruturas sindicais e todos os colaboradores envolvidos com a máxima antecedência possível independentemente do período mínimo de aviso prévio e da data efetiva de cessação da necessidade da sua prestação de trabalho. Para aqueles que, por diferentes razões, não vejam garantida pela Ryanair a disponibilidade de um posto de trabalho, a compensação atribuída, as garantias sociais e a possibilidade de contratação a termo pela própria Portway permitirá aos colaboradores abrangidos um rendimento disponível pelo período de 3 a 4 anos semelhante ao que aufeririam se não ocorresse o presente processo. Acredita-se que este período será o suficiente para aproximar os níveis de atividade futura dos que se verificam até à resolução dos contratos com a Ryanair”.