Novo terminal de cruzeiros de Lisboa é uma “oportunidade para o destino”

A abertura do novo Terminal de Cruzeiros em Lisboa, que deve acontecer no inicio do próximo ano é, na opinião de Francisco Teixeira, diretor-geral da Melair, uma “oportunidade” para o destino. Imagine o que era nós termos um aeroporto em Lisboa que só tivesse a pista e não tivesse terminal, e de repente passava a ter terminal, qual era o valor para o destino? É o mesmo que se passa com os cruzeiros. Hoje em dia temos cais, mas falta-nos a unidade operacional, e portanto, ao passarmos a ter abre-se um leque” de oportunidades.

Em entrevista ao Ambitur.pt, Francisco Teixeira explica que “a não existência de um terminal faz com que a qualidade de processamento operacional dos passageiros não seja feita com qualidade e de forma rápida”. O que vai acontecer em 2017 é que “damos um passo do nada, ao nível da operação, para, pelo que vou sabendo, apresentar umas instalações com excelentes condições em relação àquilo que são outros portos da Europa”. Ou seja, os passageiros que visitarem Lisboa irão ter “um processamento operacional muito mais adequado e de melhor qualidade, o que valoriza também a marca Lisboa”.

Questionado sobre se a construção deste novo terminal trará a Lisboa mais negócio na área dos cruzeiros, Francisco Teixeira é cauteloso. “O negócio deve aumentar, mas terá tudo muito a ver com a gestão das frotas e depende também do que acontecer no mundo. Nós hoje vivemos um momento em que as alterações podem acontecer a qualquer momento”, afirma. Segundo o responsável, “os cruzeiros à partida de Lisboa não se vão desenvolver porque existe um mercado nacional que permita isso, e esse era o ponto que mais rápido levaria as companhias a equacionarem fazer um cruzeiro à partida daqui. Mas, pelo facto da indústria hoje ter um músculo global diferente, haverá maior capacidade de estimular os mercados emissores a fazer cruzeiros de larga distância, podendo mesmo virem fazer um cruzeiro a Lisboa”.

Para Francisco Teixeira, o facto dos mercados inglês e alemão, dois dos mais importantes ao nível dos cruzeiros, “procurarem muito o sul da Europa” poderá colocar Lisboa, “seja ao nível do trânsito, seja ao nível de outras opções, como uma opção”.