“O mercado português ainda tem espaço para crescer”

A palavra crescimento foi presença constante do percurso da Air France-KLM em Portugal em 2017 e, de acordo com Boris Darceaux, o novo diretor-geral do grupo para a Península Ibérica, continuará a fazer parte da estratégia neste ano que agora começou.

Em 2017 tanto a Air France como a KLM abriram o Porto para Paris Charles de Gaulle e Amesterdão e, no final do ano, o grupo deu as boas-vindas à Joon, a “irmã mais nova” da Air France, que passou a operar em Lisboa e no Porto. Em números, verificou-se um aumento de mais de 20% tanto em capacidade como em tráfego, isto “graças ao dinamismo do mercado português no sentido de atrair turistas de lazer e de negócios mas também na exportação, no aumento de negócio de Portugal para o resto do mundo”, explicou o responsável, em entrevista à Ambitur.

Boris Darceaux garante que o crescimento em Portugal é para continuar, embora provavelmente não aos níveis do que tem acontecido mas “o mercado português ainda tem espaço para crescer”. “Não estamos aqui porque está na moda, não estamos aqui a curto prazo. Temos uma história de longa data e acreditamos que ainda há uma longa história a ser construída no futuro, tanto para a Air France como para a KLM, a partir de Portugal”, frisou.

A estratégia passa claro por consolidar tudo o que foi feito em 2017, até mesmo ao nível da chegada da Joon, que também trouxe mais oferta (+12%), pelo menos no período do inverno que dura até março de 2018, de Lisboa para Paris Charles de Gaulle. Também a KLM reforçará no Porto, passando de um voo diário para dois a partir de maio deste ano, ” oferecendo muito mais conectividade graças ao hub de Amesterdão”, explica Darceaux. Por outro lado, e através do parceiro de longa data, a Delta, irão abrir-se novas rotas de Lisboa para Atlanta e dos Açores para JFK Nova Iorque no próximo verão.

Outra “novidade” será a cobrança de 11 euros aos agentes de viagens por reservarem com os GDS a partir de 1 de abril deste ano. Isto porque, conforme explicou à Ambitur o atual diretor-geral da Air France-KLM para Portugal e Espanha, o grupo proporciona uma nova forma de reservar diretamente os bilhetes, com o NDC. “Não somos os primeiros a implementar esta medida e estamos a falar com os agentes de viagens e a explicar-lhes a nossa posição”, garantiu o responsável.

Uma nova experiência a bordo com a Joon
O facto de em Portugal haver agora a marca “operated by Joon” nos bilhetes que o passageiro adquire na Air France não significa que os serviços habituais de quem antes comprava com a companhia francesa se tenham alterado. Ou seja, tudo se mantém – na Business Class não há alterações – mas para melhor, segundo nos explica Boris Darceaux.

A classe económica, sobretudo, terá acesso a uma nova experiência a bordo, começando desde logo com a tripulação, que se apresenta com uma imagem mais moderna. Além disso, o passageiro terá mais opções à sua escolha, com bebidas gratuitas, free streaming a bordo, tomada USB, produtos orgânicos e de regiões francesas, entre outras novidades. “A emoção está de volta”, resume o responsável, referindo-se à nova companhia da Air France. E acrescenta: “os clientes que compram um bilhete da Air France com a Joon têm o benefício da mesma qualidade de serviço e segurança de um grupo tão forte como o nosso mas com uma mudança na experiência a bordo”.

Quem é Boris Darceaux?
O atual diretor-geral da Air France-KLM para Portugal e Espanha “aterrou” na nova função em setembro de 2017, substituindo Bruno Georgelin. Licenciado pela Escola de Negócios de Reims, Boris Darceaux já trabalhava na companhia desde 1999, como diretor-geral para a Bélgica e Luxemburgo, responsável de Rotas para o Norte de África, Suíça e Áustria, responsável de Marketing para Estrasburgo, diretor de Vendas para a zona Oeste e Sudoeste da Alemanha, diretor para a Irlanda e diretor de Negócio para Empresas no mercado francês. Entre os objetivos prioritários de Darceaux está ” trabalhar com as equipas para continuar a oferecer a cada dia um cada vez melhor serviço aos nossos clientes e associados, ao mesmo tempo que reforçamos o nosso desenvolvimento na Península Ibérica”.