O Pilar 7 da Ponte 25 de Abril ganha vida lá dentro

Numa das artérias de Lisboa, em Alcântara, pedimos um regresso ao passado. E é na Avenida da Índia, num espaço gradeado, que se reavivam as memórias sobre uma importante infraestrutura com uma grande história para contar.

É radicalmente diferente do que imaginávamos. Parece um museu. Apontamos a câmara para todos os lados e tudo faz pose. É ali mesmo que começa a nossa experiência no interior de um dos pilares que sustenta a icónica Ponte 25 de Abril, uma das maiores pontes suspensas do mundo.

Somos recebidos na área exterior ao maciço central do Pilar 7, recentemente transformado no novo spot turístico da capital. Os vários discos de metal que ocupam o local guiam-nos até ao interior, onde é possível ter acesso, pela primeira vez, à maqueta original da Ponte 25 de Abril.

Prosseguimos para uma sala a meia-luz. Alvoroço generalizado. Os nossos olhos percorrem-na, de uma ponta à outra, admirando as projeções que ocupam as paredes em homenagem aos que foram fundamentais para a construção da ponte. Mas, de repente, numa sala anexa, mergulhamos fundo no azul das águas do rio Tejo. É lá que nos espera uma plataforma envidraçada – e propositadamente vagarosa – que nos permite emergir dessas águas virtuais. 

Ao chegar ao topo, as paredes de betão são, mais uma vez, tela para novas imagens de um comboio a fazer a travessia entre as duas margens, sincronizadas com a aproximação das carruagens ferroviárias na ponte. Uma experiência sensorial. Mas é também aqui que se encontram duas salas onde podemos observar de perto as principais amarrações dos cabos de sustentação da obra.

Uma escada suspensa encaminha-nos a uma outra sala espelhada, no teto e chão, que cria uma ilusão de profundidade. À saída, deparamo-nos com a primeira vista, desta vez para a zona ribeirinha, ao mesmo tempo que atravessamos o passadiço em direção ao elevador que nos levará às alturas.

O fator “uau” espera-nos a 80 metros do chão, à altura do tabuleiro rodoviário. Uma experiência intensa para quem prefere pisar em terra firme – mas a quem também apelamos à participação, já que as vistas incontornáveis de Lisboa e Almada a partir do miradouro panorâmico, parcialmente em vidro nas bases e laterais, não nos deixam arrepender uma única vez de termos subido.

No fim da visita, já depois de explorar o pilar de lés-a-lés, resta-nos visitar um espaço dedicado à realidade virtual, dentro da nova Lisbon Shop, onde se vêem e “visitam” espaços inacessíveis da estrutura. O momento poderá ser registado através de um dispositivo de photobooth, que permite enviar uma fotografia para o e-mail ou redes sociais do visitante e, ainda, deixar uma mensagem.

A saber:

Horários: todos os dias, das 10 às 20 horas de maio a setembro e, de outubro a abril até às 18 horas. Encerra no dia 25 de dezembro.

Preços: 6€ por pessoa; 4€ para estudantes, pessoas acima dos 65 anos ou grupos até 10 elementos ou superiores. Com a experiência de realidade virtual incluída, acresce 1,50€. Para crianças até aos cinco anos e portadores do Lisboa Card é grátis.