A 2.ª sessão do Hospitality Challenge Pitch, ontem via LinkedIn, iniciativa do Grupo Sommet Education em parceria com a Organização Mundial de Turismo (OMT), abordou a questão “O que se segue em Segurança e Experiência de Viagens?“, com a participação da Glion – Institute of Higher Education que pertencente ao Sommet Education.
Para a head of Luxury Marketing and Brand Management da Glion, Barbara Czyzewska, “a melhor iniciativa que a indústria hoteleira tomou foi ajustar-se ao novo estilo de vida dos consumidores”, visto que “a forma de viajar e de vida das pessoas mudou tremendamente no último ano” com a pandemia de covid-19. Assim, na sua perspetiva, a partir do primeiro lockdown “os hotéis fizeram um trabalho fantástico ao construir e manter uma relação com os seus clientes” através de diversas iniciativas online, desde webinares a workshops.
A partir daí, quando voltarmos a viajar, as unidades hoteleiras “vão providenciar longas estadias, condições para poder trabalhar a partir dos hotéis e até soluções para viajar com crianças, como quarentenas” no seu interior, exemplifica. A responsável conclui que “a regra da localização em hospitalidade mudou para experiência” sublinhando que “a indústria tem feito um ótimo trabalho ao acompanhar esta tendência”.
A confiança é tudo especialmente no setor do luxo”
Barbara Czyzewska afirma que “a confiança é tudo especialmente no setor do luxo”, onde “é crucial colocar o consumidor no lugar do condutor” em tudo o que é pensado e executado. Além disso, as pessoas têm diferentes zonas de conforto pelo que “o que é assustador para uma pessoa, pode ser aceite por outra” e as empresas “têm mesmo de ouvir os seus clientes mais do que nunca” e “prestar os seus serviços de acordo com as suas necessidades”, dando-lhes várias opções. No fundo, é “colocar o cliente no centro da sua atenção”.
Qualquer crise conduz ao empreendedorismo”
A responsável da Glion atenta ainda que “qualquer crise, de uma forma ou outra, conduz ao empreendedorismo” e a crise pandémica não é exceção com “ótimas ideias estão a ser desenvolvidas nestes tempos difíceis”. Assim, defende ser importante que os governos e o setor público “ouçam a indústria, providenciem-lhe apoios e não se metam no meio desse espírito empreendedor”. A indústria da hospitalidade “não irá regredir” e conseguirá ultrapassar esta crise “desde que não tenha demasiados obstáculos à sua frente”.