“O turismo tem uma governança clara”

Decorre hoje o 7º Fórum de Turismo Interno “Vê Portugal, nas Caldas da Rainha, e Rita Marques, secretária de Estado do Turismo, esteve na sessão da abertura, fazendo questão de sublinhar o papel fundamental das Entidades Regionais de Turismo na estruturação do produto e também na dinamização de uma série de iniciativas que têm contribuído para o retomar da atividade. ” O turismo tem uma governança clara”, frisou a governante, explicando que “a descentralização que tem suscitado dinamismo no setor tem contribuido para estarmos hoje aqui, unidos”. Isto porque, adianta, apesar da violência da pandemia, que apanhou todos de surpresa, “continuamos a ser conhecidos como um setor coeso”.

Rita Marques salientou que o “Vê Portugal” é uma “oportunidade para nos focarmos no futuro” e lembrou que o turismo tem funcionado como uma “força fundamental” que tem ajudado a que a marca Portugal se torne mais forte. De acordo com um estudo recente citado pela oradora, o impacto internacional da marca Portugal tem crescido, especificamente nos mercados emissores turísticos.

E embora admita que a pandemia tenha “hibernado a nossa ambição”, defende que todos os “nossos ativos não foram beliscados” e houve a capacidade de preservar o dinamismo empresarial.

Rita Marques destaca que houve sempre duas grandes prioridades. Por um lado, a segurança sanitária e, por outro lado, a preservação dos postos de trabalho. E a verdade, lembra, é que as taxas de desemprego ficaram “relativamente controladas”, resultado de um “esforço conjunto” que ajudou a que os níveis de desemprego no setor ficassem abaixo das expectativas.

Agora, sublinha, “estamos na altura de virar a página” e assim surge o lançamento do Plano “Reativar Turismo|Construir Futuro”. A secretária de Estado afirma que “o turismo não necessita de reformas estruturais, porque a governança está estruturada. Precisamos sim de um plano específico que garanta a aceleração do setor para atingirmos as metas da ET 2027”.

Rita Marques aproveitou o momento para afirmar que, no âmbito da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia, que decorre no primeiro semestre deste ano, Portugal tem reunido com os seus pares europeus para “assegurar que o setor pode e deve ser mais forte na Europa”. E admite uma ambição mais forte: “desenhar uma estratégia 2030-2050 no contexto europeu”, garantindo que espera “em breve que Portugal lance uma agenda europeia 2030/2050 que possa ter continuidade” com a presidência seguinte.

Quanto ao Plano nacional de recuperação do turismo, a governante reforça que “temos uma estratégia bem definida, que ficou reforçada com este plano”. Agora, diz, “temos todos que executar para que em 2027 possamos atingir os objetivos propostos em 2017”.