Oásis Atlântico avalia oportunidades de investimento em Portugal a curto médio prazo

Marrocos é o novo desafio do Grupo Hoteleiro Oásis Atlântico. As unidades Oásis Saïdia Palace e Oásis Blue Pear vão abrir no próximo dia 1 de junho, anunciou Alexandre Abade em exclusivo à Ambitur. O investimento nas unidades de cinco estrelas rondou os “cinquenta a sessenta milhões de euros”.

Sobre as reservas para o verão, Alexandre Abade avança que “estão a evoluir bem”, ressaltando a “notoriedade dentro do mercado português”. Para tornar o grupo mais global, foram avaliados vários destinos e Marrocos destacou-se em vários aspetos, como a “proximidade geográfica” com Portugal, facilitando “o número de operações”. “Há oportunidade para ser competitivo” com “um destino turístico com forte potencial” como Saïdia. Para já, o objetivo passa por “consolidar esta primeira operação”.

Em Cabo Verde, o grupo português detém quatro unidades, estando a desenvolver o “Eco Resort” no Tarrafal. Composto por dois investimentos, o projeto vai “entrar no mercado” em “momentos distintos” e envolve a “recuperação de um antigo edifício icónico no Tarrafal”, disponibilizando vinte unidades de alojamento “no final de 2020” e a disponibilização de outros 170 quartos até 2022 num investimento a rondar os 12 milhões de euros. Já no Brasil, o grupo conta com duas unidades em Fortaleza mas não prevê nenhuma abertura nos próximos tempos. Com “resultados positivos” mas “com retração do mercado local”, a abordagem a este mercado tem sido “tornar a operação o mais competitiva possível”. “A economia são ciclos e achamos que o Brasil tem condições para vir a ultrapassar esta fase menos boa”, aponta.

“Gostaríamos de ter uma operação em Portugal”
Apesar da presença internacional, Portugal mantêm-se como um desejo para a Oásis Atlântico. “É aquele (mercado) onde gostaríamos de ter uma operação”, diz Alexandre Abade.

Com mais 20 anos de história, o grupo nunca investiu no país. O motivo é simples: “racionalidade direta do investimento”: em Cabo Verde, “os paybacks foram sempre muito mais rápidos”. Apesar de, na altura da crise de 2008-2012 e segundo o administrador, poderia fazer “algum sentido o investimento” em Portugal, o grupo estava com outros investimentos e “não foi dado o passo”. Mas o desejo mantém-se com uma “abordagem” mais alargada, explorando opções fora de Lisboa e Porto mas que “se complementam” com as grandes cidades. “Temos uma ou duas operações em carteira que podem chegar a bom porto” num “curto-médio prazo”, acrescenta o responsável, alertando que “temos que ter um equilíbrio no grupo para não nos desequilibramos”.

Se, ao longo dos últimos 20 anos, os desafios foram de “crescer” e “aumentar o número de camas e exploração” ao mesmo tempo que se valorizavam os recursos humanos com “as pessoas certas que compreendam a cultura da organização”, os próximos 20 anos passarão por um grupo “mais forte e sólido” e “competitivo a nível internacional”, sendo que o caminho será sempre o de “identificar oportunidades de desenvolvimento e uma relação de confiança com os nossos clientes”, remata.