O Observatório do Turismo de Lisboa divulgou, ontem, os dados relativos a fevereiro de 2019 concluindo um comportamento favorável dos dois indicadores de preço na hotelaria da Cidade de Lisboa — Average e RevPar, apesar da taxa de ocupação ter conhecido uma queda na ordem dos 2% para os 65,33%. Uma queda partilhada pelas unidades de 3 e de 4 estrelas, enquanto as de 5 exibem uma subida de 2,2%.
Em relação ao preço médio por quarto vendido, que se situou nos 86,39 euros, cresceu nos hotéis de 4 e nos de 5 estrelas, respetivamente, 2,1% (para os 72,75 euros) e 3,8% (para os 148,78 euros), mas desceu nos de 3 estrelas (1,9%, para os 56,10 euros). Quanto ao preço médio por quarto disponível, que foi de 56,44 euros, apresenta um declínio nas unidades de 3 e de 4 estrelas (de 3,9%, para os 42,17 euros, e de 1,5%, para os 49,10, respetivamente), mas ascensão nas de 5 estrelas (6,1%, para os 80,95 euros).
Região de Lisboa: 5 estrelas impulsionam crescimento
A Região de Lisboa conheceu em fevereiro um cenário positivo no que toca aos principais indicadores do mercado hoteleiro. Assim, quer a taxa de ocupação, quer o Average, quer ainda o RevPar subiram face ao período homólogo, desempenho este impulsionado sobretudo pelos hotéis de 5 estrelas. No que
toca ao preço médio por quarto vendido, situou-se nos 83,63 euros, o que traduz uma subida de 3,3% face a fevereiro de 2018. As unidades de 5 estrelas foram as que mais aumentaram – 4,2%, para os 145,62 euros.
Também o preço médio por quarto disponível cresceu – 2,5% para os 51,40 euros. Mais uma vez, foram os hotéis de 5 estrelas a sustentar este crescimento – com um acréscimo de 8,7%, para os 76,61 euros. A exceção a este comportamento vem da taxa de ocupação, ainda que a descida tenha sido ligeira – 0,8%, amparada pelos de 5 estrelas, que cresceram 4,4%.
Golfe: Fevereiro com desempenho positivo
Os campos de golfe da Região de Lisboa conheceram em fevereiro um período positivo. Assim, registou-se uma subida no número de voltas por dia, quer nos jogadores sócios, quer nos não sócios: no primeiro caso, atingiram as 30, o que significa um crescimento de 17,6%, enquanto no segundo caso se situaram nas 26,4, o que representa mais 5,4% face a fevereiro de 2018.
Também a GreenFee apresentou um desempenho favorável, com os resultados por volta a subirem 14,4% para os sócios e 20,7% para os não sócios, ficando, respetivamente, nos 10,10 e nos 22,90 euros. Em crescendo está também a receita total, que alcançou os 31,04 e os 70,38 (não sócios). Numa análise por nacionalidades, os golfistas continuam a ser maioritariamente portugueses – 48,5% do total –, mantendo-se os escandinavos em segundo (12,8%) e os britânicos em terceiro (8,9%).
Cruzeiros: Quase todos os indicadores em queda
O segundo mês de 2019 apresenta uma queda face ao período homólogo de 2018 no que respeita quer ao número de navios, quer ao número de passageiros totais. Assim, em fevereiro do ano passado foram seis os navios que passaram pelo Porto de Lisboa, mais um do que no mesmo mês deste ano. Já o número
de passageiros totais caiu de 11.515 para 10.408, na comparação entre os dois períodos. Também o número de passageiros em trânsito diminuiu, de 11.453 para 9.354. Melhor foi o desempenho dos passageiros em turnaround, que, na comparação homóloga, dispararam de 62 para 1.054.
Índice por Região: Estabilização em todos os indicadores
Os três principais indicadores da hotelaria na Cidade e na Região de Lisboa exibem, em fevereiro de 2019, um comportamento estável face ao primeiro mês do ano. Assim, na Cidade, o Índice de Ocupação situou-se nos 1301, o que reflete uma queda residual face a janeiro (1303); o Average situou-se nos 1527,
uma ligeira subida em relação ao primeiro mês do ano (1525); e o RevPar ficou praticamente inalterado (1986 contra 1987). No que toca à Região, o cenário é similar: a Ocupação apresenta um índice de 1332 (1333 no mês anterior), o Average manteve-se em 1516, enquanto o RevPar evoluiu de 2019 para 2020.