Observatório do Turismo de Lisboa: preços aumentam e ocupação mantém-se na capital

Em março de 2019, embora o calendário tenha colocado a Páscoa no mês seguinte, as unidades hoteleiras da cidade de Lisboa mantiveram um desempenho idêntico ao do ano anterior, no que respeita à ocupação, e apresentaram subidas nos preços médios por quarto vendido (Average) e por quarto disponível (RevPar), segundo revelam os últimos dados do Observatório do Turismo de Lisboa. Os hotéis de 3 e de 5 estrelas obtiveram mais
3,1% de ocupação, sendo que os primeiros atingiram uma taxa bastante próxima dos 90% (89,66%) e os segundos aproximaram-se dos 70% (69,27%). Já os de 4 estrelas apresentaram uma taxa de ocupação de 80,45%, que significa um decréscimo de 3,2% face a ao período homólogo.

Em termos de Average, o destaque vai para os hotéis de 4 estrelas, que mostraram aumentos de 8,1%, atingindo uma média de 89,97 euros; seguem-se os de 3 estrelas, que passaram de 65,60 euros para 68,05 euros, revelando uma subida na ordem dos 3,7%; e os de 5 estrelas, cujo preço médio por quarto vendido cresceu 1,8%, situando-se nos 156,12 euros.

O RevPar subiu, em média, 4,7%, considerando o compêndio geral das unidades hoteleiras da cidade de Lisboa, ficando nos 61,01 euros, 72,38 euros e 108,15 euros, nos hotéis de 3, 4 e 5 estrelas, respetivamente.

Região de Lisboa: março foi um mês positivo
O cenário apresentado pelas unidades hoteleiras da Região de Lisboa, em março deste ano, é similar ao registado na cidade: a ocupação esteve em linha com o terceiro mês de 2018 e os preços médios subiram em todas as tipologias consideradas. Os hotéis de 4 estrelas foram os únicos a apresentar descidas na ocupação, na ordem dos 4,2%, mantendo-se, porém, acima dos 75%, enquanto os de 3 estrelas subiram 3,6%, ultrapassando os 85%, e os de 5 estrelas aumentaram 2,4%, chegando aos 66,91%.

No preço médio por quarto vendido (Average), em março, foram os hotéis de 4 estrelas que apresentaram o maior aumento, passando de 77,35 para 83,05 euros. Já os de 3 estrelas atingiram os 66,84 euros, mais 4,0% que em igual período de 2018, e os de 5 estrelas mantiveram-se na ordem dos 150 euros.

Relativamente ao preço médio por quarto disponível (RevPar), o aumento mais marcante verificou-se nas unidades de 3 estrelas (7,7%), seguidas das de 5 estrelas (3,2%) e das de 4 estrelas (2,9%).

Golfe: número de voltas diárias cresce 18,6%
Em março, os campos de golfe da Região de Lisboa registaram um aumento no número total de voltas realizadas por dia, que ascendeu às 78,2, refletindo uma variação positiva de 18,6%, face a igual período de 2018. O destaque vai para o número de voltas realizadas por sócios, que aumentou exponencialmente (53,1%), passando de uma média diária de 19,9, em fevereiro do ano passado, para 30,5. No caso dos não sócios, a subida foi mais ligeira, situando-se nos 3,6%, atingindo 47,7 voltas realizadas diariamente. Contudo, a GreenFee e a receita total apresentam quebras de 9,6% e de 9,3%, respetivamente.

Numa análise à nacionalidade dos jogadores, verifica-se que os portugueses continuam representados em maior número, equivalendo a 35,5% do total de jogadores, seguidos dos escandinavos (22,9%) e dos britânicos (11,6%).

Cruzeiros: passageiros em turnaround em ascensão
Os dados relativos ao tráfego dos cruzeiros no Porto de Lisboa mostram que, em março, houve um crescimento acentuado no número de passageiros em turnaround, na ordem dos 39%, face ao período homólogo. Em contrapartida, os restantes indicadores revelam quebras, comparativamente a março de 2018. O número de navios passou de 19 para 12, representando uma redução de 36,8%, enquanto o número de passageiros totais sofreu uma diminuição de 21,8%, passando de 27.892 para 21.806. No caso dos passageiros em trânsito, a quebra
foi menos acentuada, ficando nos 7,9%, resultado da passagem de 26.810, em março de 2018, para 20.302 passageiros, este ano.

Average e RevPar revelam valores mais altos
A cidade e a Região de Lisboa apresentaram, em março, índices de Average – Preço Médio por Quarto Vendido – e de RevPar – Preço Médio por Quarto Disponível – superiores aos registados no mês anterior. Por outro lado, o
Índice de Ocupação, em ambas as situações, revelou uma quebra face a fevereiro. No caso da cidade, o Índice de Average passou de 1527 para 1532, e o de RevPar subiu de 1986 para 1993, enquanto a Ocupação desceu
ligeiramente, de 1301 para 1300. Na Região, o Índice de Average chegou aos 1521, e o RevPar atingiu os 2024, sendo que tinham ficado em 1516 e 2020, respetivamente, no segundo mês do ano. No que respeita à Ocupação,
o Índice da Região regrediu um ponto, passando de 1332 para 1331.