Observatório do Turismo de Lisboa: Taxa de Ocupação e Preços sobem na capital

O Observatório de Turismo de Lisboa revela, no seu relatório relativo ao mês de junho, que a Taxa de Ocupação e os Preços aumentaram nos hotéis da capital.

No compêndio geral das unidades hoteleiras da Cidade de Lisboa, os dados estatísticos relativos a junho mostram um ligeiro aumento na taxa de Ocupação por Quarto, comparativamente ao mesmo período de
2017, atingindo os 88,76%. Neste parâmetro, as unidades hoteleiras de 3 e 4 estrelas ultrapassaram os 90%, situando-se nos 90,87% e 92,29%, enquanto que as de 5 estrelas ficaram nos 80,15%. Ao considerar o primeiro semestre de 2018, verifica-se que a taxa de Ocupação por Quarto ficou nos 78,38%.

Relativamente ao Preço médio por Quarto Vendido (Average), nota-se um crescimento de 16,3%, tendo chegado aos 123,68 euros. Neste caso, foram os hotéis de 3 estrelas que apresentaram maior variação, nomeadamente de 22,1%, seguido dos de 4 estrelas, com 15,8%, e dos de 5 estrelas, com 13,2%. Quanto ao Preço Médio por Quarto Disponível (RevPar), o aumento foi de 18%.

Região de Lisboa: Taxa de Ocupação e Preços aumentam 

Em junho de 2018, os hotéis da Região de Lisboa apresentam crescimentos em todos os parâmetros, comparativamente ao período homólogo do ano passado. Na taxa de Ocupação por Quarto Vendido, as unidades hoteleiras de 4 estrelas apresentam a maior taxa de ocupação, com 90,48%, seguidas das
de 3 estrelas, com 89,92% e das de 5 estrelas, que ficaram muito próximas dos 80%.

O Preço médio por Quarto Vendido, subiu 15,5%, tendo atingido os 119,64 euros, em média. Tendo em conta a variação, destacam-se, neste critério, as unidades de 3 estrelas, com 18,9%, logo depois, as de 4 estrelas, com 15,6%, e as de 5 estrelas, com 11,8%. Este cenário repete-se no Preço Médio por Quarto Vendido, no qual a variação foi de 17,1%, sendo novamente as unidades de 3 estrelas as que mais se destacam, seguidas das de 4 e 5 estrelas.

Golfe: Número de voltas aumenta 

No mês de junho, o número de voltas realizadas nos campos de golfe da região de Lisboa apresenta um crescimento face ao período homólogo de 2017. As voltas realizadas por sócios mostram uma variação positiva de 6,6%, enquanto que as realizadas por não sócios apresentam uma variação de 13,7%, representando, assim, em média, um crescimento de 10,6% no total de voltas. Relativamente
à GreenFee, os resultados por volta realizada também são positivos, com uma variação de 5,3%, situando-se nos 15,19 euros. Quanto à receita total por volta, esta foi de 27,34 euros, valor que reflete um crescimento de 4,9%.

Partindo para a análise de jogadores por nacionalidades, os dados estatísticos mostram que os portugueses foram os que realizaram mais voltas (27,2%), seguidos dos escandinavos (21,3%) e dos britânicos (18,8%).

Cruzeiros: Número de passageiros em turnaround aumenta 

Em junho, o Porto de Lisboa apresentou uma variação positiva de 11,9% no número de passageiros em turnaround, comparativamente ao período homólogo de 2017, tendo passado de 4.086 para 4.573. Já os números de passageiros totais e em trânsito, apresentam uma quebra, quando comparados a junho do ano passado, -14,6% e -18,3%, respetivamente.

Considerando o número de navios, este passou de 21, em 2017, para 19, o que se traduz numa redução de 9,6%. Contudo, ao analisar o acumulado anual, verifica-se uma variação positiva em todos os parâmetros analisados. Neste caso, destaca-se o crescimento do número de passageiros em trânsito (15,8%), totais (14,7%) e o número de navios (11,3%), todos eles com variações acima dos 10%. Quanto aos passageiros em turnaround, o aumento foi de 5,4%.

Tax Free Shopping: China em destaque 

Nos primeiros seis meses de 2018, os visitantes de Lisboa realizaram tantas compras como em igual período de 2017. A compra média cresceu 7,5%, situando-se nos 328 euros. Os chineses e os americanos continuam a ser os que mais gastam, com uma média de 880 euros e 597 euros, respetivamente; já os angolanos, brasileiros e moçambicanos apresentam compras médias abaixo dos 300 euros. No que concerne ao peso de marcado, Angola mantém-se no primeiro lugar, com um peso de 32%, seguida da China, com 20%, e do Brasil, com 19%. Já os Estados Unidos e Moçambique apresentam um peso de mercado de 4% e 2%, respetivamente.

Ao analisar a variação total de compras entre 2017 e 2018, verifica-se que, também aqui, a China surge em destaque, com um crescimento de 30%. Segue-se Moçambique, com 6%, e os Estados Unidos, com 2%. Já Angola e Brasil apresentam variações negativas, de -20% e -2%.

Evolução positiva em todos os índices 

A Cidade e a Região de Lisboa apresentam uma evolução positiva, em junho, em todos os Índices – Ocupação, Average e RevPar. No caso da Ocupação, o índice foi de 1323, na Cidade, e de 1353, na Região. Quanto ao Average, na Cidade, passou de 1457, em maio, para 1478, em junho; já na Região, passou de 1447 para 1468. Analisando o Índice RevPar, verifica-se que foi de 1955, na Cidade, e de 1986, na Região.