Octant Hotels: Nova marca da DHM nasce para “aumentar a fasquia para um posicionamento mais premium”

Desde 2014 que a DHM – Discovery Hotel Management gere ativos hoteleiros com o objetivo de os reposicionar e revitalizar. Atualmente com 18 unidades sob gestão, a empresa decidiu agora avançar com a criação de uma nova marca dentro do grupo, a Octant Hotels, que irá gerir oito hotéis dentro deste portfólio. Isso mesmo explicou Luís Mexia Alves, CEO da DHM, ontem, numa conferência de imprensa, adiantando que se trata de boutique hotéis com uma localização especial e não tão óbvia do ponto de vista turístico.

[blockquote style=”1″]Estas oito unidades representam um total de 539 quartos, cerca de 30% do inventário da DHM. E, em 2022, representarão cerca de 50% do volume de negócios da DHM.[/blockquote]

Estas oito unidades representam um total de 539 quartos, cerca de 30% do inventário da DHM. E, em 2022, representarão cerca de 50% do volume de negócios da DHM. Com 1300 pessoas que trabalham atualmente na empresa-mãe, a Octant Hotels empregará 400. “Estamos a falar de um motor de desenvolvimento da economia local”, garante o gestor.

Hotéis que até aqui se apresentavam com as suas marcas individuais – Douro41 Hotel & Spa, Palácio da Lousã Boutique Hotel, Évora Farm Hotel & Spa, Santiago Hotel Cooking & Nature, Praia Verde Boutique Hotel, Vila Monte Farm House, Azor Hotel e Furnas Boutique Hotel – passam agora a designar-se Octant Hotels com as respetivas localizações; ou seja, por exemplo, o Douro41 Hotel & Spa ganha o nome de Octant Douro, e o Évora Farm Hotel & Spa passa a atender por Octant Évora, e assim por diante.

[blockquote style=”1″]Com a Octant Hotels, esta aposta é ainda mais reforçada no sentido de que “cada hotel é verdadeiramente único e irrepetível”, isto é, a linha em comum é a sua diferença, à exceção do patamar de serviço, que esse sim é transversal a todas as unidades.[/blockquote]

Luís Mexia Alves

Luís Mexia Alves sublinha que o segredo de parte do sucesso da DHM no turnaround dos seus ativos é a aposta na diferenciação, através da qual “o processo de regeneração de cada ativo é feito de forma individual e reduzindo-nos à singularidade e à essência de cada hotel”. Com a Octant Hotels, esta aposta é ainda mais reforçada no sentido de que “cada hotel é verdadeiramente único e irrepetível”, isto é, a linha em comum é a sua diferença, à exceção do patamar de serviço, que esse sim é transversal a todas as unidades.

[blockquote style=”1″]”Sabemos que este é um compromisso muito ambicioso, do ponto de vista operacional e conceptual, mas faz parte do DNA da DHM”.[/blockquote]

O CEO da DHM prossegue dizendo que esta agregação de hotéis debaixo de uma nova marca tem a intenção de harmonizar e “aumentar de forma substancial o nível de qualidade de serviço e de produto que temos nestes hotéis”, ou seja, há uma “intenção clara e evidente de aumentar substancialmente a fasquia para um posicionamento ainda mais premium do que o que temos”. Luís Mexia Alves reconhece: “Sabemos que este é um compromisso muito ambicioso, do ponto de vista operacional e conceptual, mas faz parte do DNA da DHM”.

Detalhando este processo de regeneração que está na base da DHM, o responsável diz que se trata de um processo de incorporação de pedaços de cada localidade, de arquitetura, de design, de saberes e sabores, de histórias e tradições, e de pessoas. O objetivo é “encontrar um propósito e uma razão de existência para cada um destes hotéis, e que nos seja permitido contar uma história verdadeira”, conclui.

Por essa razão, a Octant Hotels assenta em dois pilares fundamentais – localismo e liberdade. No que se refere ao primeiro, o hóspede poderá encontrar pequenos-almoços diferenciados, que incorporam elementos do local onde o hotel está inserido. Além disso, foi criada uma rede de fornecedores apenas para a nova marca hoteleira que conta já com 200 fornecedores locais, e cuja meta é atingir os 400, seja desde pequenos produtores alimentares a artesãos de tapeçaria e olaria.

O processo de criação de uma marca

Filipe Bonina

A nova marca nasce com a ambição de ser diferente e de se harmonizar com as paisagens e comunidades locais. Esse foi o primeiro passo para a sua criação, explicou Filipe Bonina, diretor de Marketing da DHM. Numa segunda fase, “ouvimos clientes e tendências”, adianta, afirmando que as pessoas hoje querem, cada vez mais, experiências “distintas, surpreendentes e, sobretudo genuínas”. E “é desta interação entre quem somos e aquilo que os clientes nos dizem” que surgiram os dois princípios que norteiam a Octant Hotels: o localismo – “the local kind of luxury” – através do qual “ambicionamos ser conhecidos como a melhor escolha para se viver uma região”, exemplifica o responsável. Por outro lado, o luxo da liberdade, com uma clara aposta no serviço que permite que o cliente Octant “possa viver toda esta experiência de localismo ao seu ritmo”, ou seja, as piscinas não têm horários, a hora de check-out é “muito flexível” e o pequeno-almoço pode ser tomado a qualquer hora. “E vamos querer progredir neste sentido cada vez mais, queremos ser os hotéis mais livres do país”, assegura Filipe Bonina.

O nome Octant resulta de três princípios básicos. Em primeiro lugar, o objetivo era que tivesse um significado, e um octante é um instrumento de navegação, fazendo aqui uma clara ligação à tradição marítima portuguesa. Em segundo lugar, “queríamos que fosse uma palavra muito fácil de memorizar e de se dizer” e a verdade é que Octant se diz praticamente da mesma forma em todos os idiomas ocidentais. Por fim, “quisemos uma marca desenhada para nós, que tivesse uma certeza estranheza pela invulgaridade mas que sabemos que cria memória”, refere o diretor de Marketing da DHM. Assim nascem os dois princípios da Octant Hotels e a sua assinatura – “A new latitude of freedom”.

Além disso, e muito importante para a nova marca, foi preservar a identidade de cada hotel. Assim, mesmo a nível da sua identidade visual, cada unidade é diferente, tendo associado um elemento icónico da região, e as suas próprias páginas online e nas redes sociais. “Não se trata de um produto standardizado”, frisa Filipe Bonina.