Ocupação em Lisboa deverá crescer nos próximos dois anos

Lisboa deverá aumentar a taxa de ocupação nos próximos dois anos. Esta é uma das principais conclusões do estudo elaborado pela PwC, com o apoio da Associação de Hotelaria de Portugal e da Associação de Turismo de Lisboa, apresentado ontem, em Lisboa. Este é um estudo baseado no crescimento do PIB e IPC dos vários países que compara a evolução dos indicadores ocupação, ADR, e RevPar, em dezoito cidades europeias (Londres, Moscovo, Zurique, Dublin, Roma, Barcelona, Lisboa, Amesterdão, Bruxelas, Paris, Edimburgo, Berlim, Frankfurt, Madrid, Praga, Viena, Milão e Genebra).Em 2014, o crescimento da ocupação em Lisboa será de 1,1% e no ano seguinte de 2,7%, sendo a cidade que mais vai crescer em 2015. No entanto, no que diz respeito à taxa de ocupação, a capital portuguesa manter-se-á em 16º lugar no ranking, com 65,7%, e em 13ª lugar no ano seguinte, com 67,4%. “Lisboa irá ter uma performance positiva, vai crescer no próximo ano sem dúvidas”, mas como estão previstos abrir dez novos hotéis, mil novos quartos, a ocupação não crescerá a níveis acentuados. Segundo Susana Benjamim, responsável da PwC,”em 2015, espera-se que aí sim com todos os prémios que nós ganhámos, com a visibilidade que Lisboa está a ter cada vez mais, o seu crescimento de 2,7% permita crescer e passar para 13º lugar no ranking”.No que diz respeito aos indicadores ADR e RevPar, Lisboa tem ainda algum trabalho pela frente. A cidade “vai crescer , no RevPar, 0,8% em 2014 e2,4 % em 2015. Vai crescer 0,8% à conta da taxa de ocupação porque o ADR vai diminuir 0,2%. No ano seguinte, Lisboa passa de 15ª lugar no ranking para 3º porque já tem o ADR a aumentar cerca de 0,7%. Lisboa será o terceiro em termos de crescimento em 2015, o que é muito positivo”, afirmou Susana Benjamim. Em 2014, a capital portuguesa terá um ADR de 84,6 euros e no ano seguinte de 85, 20 euros. A liderança pertencerá a Genebra com 230,5 euros, em 2014 e 227,6 euros, em 2015.No final, César Gonçalves, Partner do Sector do Turismo da PwC Portugal, deixou algumas alterações que se irão dar no mapa mundial que Portugal deve ter em atenção: “passagem do podereconómicodoOcidente para o oriente,as alterações demográficas, osavançostecnológicos, a urbanização e a sustentabilidade e alteraçõesclimáticas”. Oresponsável acrescentou ainda que a concorrência das low-cost, aadaptação daoferta ao turista que queremos captar, a importância das redessociais e aemergência do Big Data, devem também ser levados em conta.Cristina Siza Vieira, presidente da direcção executiva da AHP destacou o facto deste ser um estudo “em que a comparação é feita nos termos da PwC, sempre comos mesmos critérios, os mesmos inquéritos, a mesma amostra, e portanto a taxa de crescimento e a performance de Lisboa é comparada a todas as cidades europeias”. A responsável frisou ainda que apesar dos indicadores positivos de 2013, a “Europa está a recuperar mas claramente aquém dos números pré-crise de 2007″. Por Raquel Pedrosa Loureiro”