Olhar para o futuro e reforçar a promoção: os desideratos da CTP

“Não podemos baixar os braços e pensar que aquilo que fizemos, e bem, é suficiente de per si para nos manter nesta linha de crescimento para o futuro”, avisou Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo Português (CTP), numa intervenção durante o 28º Congresso Nacional da Hotelaria, que decorre em Ponta Delgada. O responsável destacou, numa parte do seu discurso, a preocupação em olhar para o futuro do turismo nacional, tendo em conta uma realidade de consolidação da recuperação económica do setor.

Para Francisco Calheiros, Portugal tem de continuar a apostar na qualidade, encontrar formas de atenuar a sazonalidade, ainda muito acentuada em algumas regiões do país, e explorar novas vocações que possam permitir abrir os horizontes do negócio, fazendo-o crescer sustentavelmente. “A origem dos turistas e as suas expectativas e exigências do ponto de vista da procura, são cada vez mais diversas, o que obriga à construção de uma oferta que respeite grandes diferenças de cultura e mentalidade, que otimize canais, que tenha capacidade de influência, que saiba responder às suas necessidades com rapidez e inovação”, lembra o presidente da CTP.

De acordo com o orador, os agentes do turismo estão conscientes de que é essencial uma melhoria constante da experiência do cliente, com produtos e serviços que combinem inovação e respeito pelo ambiente. “A estes é preciso juntar mais promoção para o Turismo, em mercados onde temos uma presença meramente residual que importa desenvolver, como por exemplo na Alemanha, pelo que temos de continuar a apostar na qualidade, na promoção da valorização da cultura, da tradição e da natureza, e consagrar uma colaboração estreita e contínua entre os vários players do setor, sejam eles privados ou públicos”, defende.

Para Francisco Calheiros, “não há nem nunca haverá um modelo eficaz que garanta elevados níveis de crescimento, contudo, o turismo é neste momento, talvez, aquele que mais se aproxima deste desiderato”. Para isso o orador defende o envolvimento de todos para se continuar a este nível: entidades públicas, privadas, associações, cidadãos e comunidades locais.

Concluindo, o empresário indica que “temos de desenvolver esforços para encontrar novas vocações para garantir a sustentabilidade do Turismo com integração de racionalidade e responsabilidade económica”.