Saber como estão os hotéis a enfrentar este momento é um dos objetivos da Ambitur.pt. No grupo Olissippo Hotels, Nuno Ferrari, diretor geral de Marketing e Vendas, reconhece que desde que decidiram reabrir algumas unidades “a evolução tem sido muito lenta e, nalguns casos, mesmo sem justificar a reabertura”. Por isso mesmo não tem dúvida de que os resultados no final do ano não serão positivos, apontando desvios na ordem dos 60% relativamente a 2019.
E, infelizmente, as perspetivas ainda não são as melhores. O responsável adianta que apenas na última semana houve uma redução de cancelamentos mas não surgem novos pedidos, nomeadamente no que diz respeito a grupos e circuitos. “Neste momento está a ser muito difícil criar objetivos ou metas pois tudo muda quase diariamente”, admite.
Dos cinco hotéis Olissippo – Lapa Palace, Oriente, Marquês de Sá, Saldanha e Castelo – três continuam encerrados (abriram apenas o Lapa Palace e o Olissippo Oriente), e o grupo não tem previsão de quando poderão reabrir.
E Nuno Ferrari explica que para empresas apenas com hotéis na cidade de Lisboa, como é o caso deste grupo hoteleiro, ainda está longe o momento em que se poderá falar de uma primeira fase de recuperação. “O mercado nacional, a nível de turismo, não é nem nunca foi muito forte, e o segmento corporate está longe de recomeçar em força”, avança. Além disso, os mercados estrangeiros, devido a todas as contingências e dificuldades, “ainda não conseguem satisfazer as necessidades e ocupações a que nos habituámos nos últimos anos”.