Opinião: “20 anos de Turismo de Lisboa : muitos dias, muitas horas para chegar aos calcanhares de 5 auto europas”

Por Paula Oliveira

2017 marca as duas décadas de existência da Associação de Turismo de Lisboa, um projecto iniciado a partir dum protocolo entre a CML- de quem partiu a iniciativa de abdicar da sua autonomia própria na promoção de Lisboa através dos serviços autárquicos respectivos – , a AHP e a APAVT.

Prevendo a dinâmica que se viria a verificar a seguir à realização da Expo98 , a concretização desta parceria público – privada, pioneira na época, revelou-se a chave do sucesso do desenvolvimento não só da promoção e informação turística deste destino , como da intervenção na melhoria do produto. Porque a ATL, apesar do core business ser ,de facto , a promoção e informação turística, não esgota as suas competências apenas nesse plano.

A Associação Turismo de Lisboa intervêm em diversos projectos diferenciadores e fundamentais para o desenvolvimento dum destino que procura a excelência da qualidade e, acima de tudo, a captação e fidelização dos turistas. Destaco neste momento a reabilitação do Pavilhão Carlos Lopes, encerrado desde 2003, e que reabre como equipamento vocacionado para receber os mais variados tipos de eventos.

Também , e desde há muitos e muitos anos , não se esgota e dedica exclusivamente à cidade de Lisboa mas abarca toda a região e os seus 18 municipios. E é desta riqueza imensa que a auto – suficiência deste destino se compõe. Cidade capital, patrimónios Unesco, golf, surf, parques naturais, km e km de praias maravilhosas, gastronomia riquíssima, vinhos extraordinários, marinas, porto de cruzeiros, monumentos únicos. Momentos únicos para quem nos visita.

Hoje, 20 anos depois, conta com 820 associados, gere um orçamento de 40 milhões de euros cuja maior fatia é proveniente de receitas próprias. 82% deste valor é aplicado na concretização do plano de actividades. Por curiosidade, os custos com o pessoal representam 3,2%.

Nada disto seria possível sem as pessoas e as instituições que sempre acreditaram no projecto, sempre apoiaram a Associação nos bons e nos maus momentos , sempre contribuíram para o sucesso minimizando os fracassos, sempre criticaram construtivamente. Dos outros não rezará a História.

Este artigo foi publicado na Edição 298 da Revista Ambitur.