Opinião: “A semana de todas as provas”

Por Paula Oliveira*

Os idos de Novembro foram frenéticos. Lisboa recebeu a Websummit e os seus 53000 participantes de 7 a 10 , Donald Trump ganhou as eleições dos EUA com resultados divulgados num 9/11 contra todas as sondagens e expectativas, o dia de S. Martinho trouxe-nos a triste noticia da morte do grande Leonard Cohen.

Sobre a Websummit: prova superada! Lisboa recebeu tranquilamente este evento de enormes dimensões e de incomensurável repercussão internacional. Nem as obras que a cidade tem em curso ( e são muitas) , nem as noticias dos transportes, nem todas as possíveis menos boas situações fizeram qualquer mossa no sucesso estrondoso deste evento realizado nesta extraordinária cidade de Lisboa. Até S. Pedro, tantas vezes façanhudo, deu um ar da sua graça e manteve aquele azul único do Tejo como um espelho.

Pois que sim o metro teve enchentes e mais as filas para os bilhetes. O metro de Lisboa será sempre melhor que o metro de Dublin que é inexistente. E talvez seja altura de não acharmos só uma experiência única e tão gira para contar aquela vez que fomos esmagados no metro de Tóquio ou não sei onde lá no estrangeiro. Aqui também pode ser possível.

Mas o que importa reflectir, para além destes factos diversos e que fazem parte dos sucessos, é o ano seguinte. Este evento realizar-se-se-á em Lisboa pelo menos mais 2 anos. Estou em crer que em cada ano mais gente virá, mais portugueses participarão, mais negócios de realizarão. E mais Lisboa ficará no mapa do admirável mundo novo. Sabermos todos aproveitar as mais valias disto é uma grande responsabilidade.

Sobre as eleições nos EUA podíamos ficar pelo no comments. Mas não se consegue deixar de pensar na estrondosa falha das sondagens e no desconcertante desconhecimento do que vai na alma dos povos. Não acredito em arautos da desgraça. Mas que o equilíbrio do mundo será diferente, será.
Por último, Leonard Cohen e como ele dizia “ know that we are not new, in city and in forest they smiled like me and you, but let’s not talk of love or chains and things we can’t untie, your eyes are soft with sorrow, Hey, that’s no way to say goodbye.”

* A colunista não escreve segundo o novo acordo ortográfico

O artigo pode ser lido na íntegra na edição 295 da Ambitur.