Opinião: “Bem Vindo 2017”

Por Paula Oliveira

2016 não podia ter acabado melhor! A atribuição das 9 estrelas Michelin a restaurantes portugueses foi o reconhecimento do excelente trabalho que se tem vindo a desenvolver a este nível .
É mais uma motivação de excelência para atrair turismo de qualidade e novos apreciadores das iguarias e produções nacionais.

2017 afigura-se igualmente prometedor no sector do turismo apesar de haver alguns constrangimentos a nível da capacidade aeroportuária especificamente de Lisboa. Esta situação preocupante a curto prazo será certamente ultrapassada o mais breve possível a bem do desenvolvimentos da economia e do destino. Não faz sentido um sector inteiro estar a trabalhar numa determinada direcção , estarem os responsáveis políticos a suportarem os sucessos económicos no turismo e depois haver limitações na chegada de mais encaixe financeiro. Em Lisboa estima-se em 80% o numero de turistas que chega por via aérea. Em Lisboa projectam-se novos hotéis , equipamentos culturais e outros, eventos de grande dimensão. Ora assim sendo, e para cumprir as metas das expectativas, é forçoso que o problema do limite de chegadas ao aeroporto de Lisboa se resolva a breve trecho.

Tenho a certeza que 2017 vai ser um ano extraordinário para Lisboa e para Portugal tanto no turismo como noutros sectores da economia e da sociedade em geral. Assim o contexto internacional não nos desencaminhe da rota nem nos desiquilibre na velocidade de cruzeiro que já atingimos. Aconteça o que acontecer , somos um grande país!
Feliz Natal para todos.

Uma nota de rodapé – no Congresso da AHP, um orador hoteleiro mencionou que Lisboa não tinha condições para captar turismo de qualidade , que aqui não dá para ganhar dinheiro com o REV/PAR existente. Fiquei a pensar naquilo. Ora se em Lisboa o REV/PAR está acima dos 60€ ( e não o valor que o orador afirmou na sua dissertação) e na região onde o mesmo orador tem o seu hotel é de 22€, quer dizer que se para Lisboa só vêm os pés descalços, para essa região só devem ir os todos nus. Estas coisas valem o que valem que é sempre muito pouco. Mas fiquei cá a pensar nisto…«

* A colunista não escreve segundo o novo acordo ortográfico