Opinião: “Inovação ao serviço da melhor experiência para o hóspede”

Por Bernardo Pires, gerente executivo da unidade de Portugal da TOTVS

As projeções para os próximos anos ainda refletem um cenário de recuperação em diversos setores da economia. Para o turismo e, consequentemente, o hoteleiro, as previsões superam as expectativas de crescimento ainda em 2022. O próprio Boletim Económico de junho, divulgado pelo Banco de Portugal, projeta que as receitas do turismo em Portugal fiquem acima dos níveis pré-pandêmicos de 2019.

Sem dúvidas que o momento ainda é delicado para a hotelaria e exige estratégias que otimizem processos, tragam mais produtividade e reduzam custos. Mais do que em qualquer outra época, o viés de inovação faz-se necessário para o setor de hotelaria , que precisa desprender-se dos conceitos e clichês antigos e propor novas experiências para os seus hóspedes, desde o pré check-in até o pós check-out.

A hotelaria do futuro será baseada em nichos. Isso significa que os hotéis serão cada vez mais preparados para receber um determinado tipo de público, promovendo a experiência ideal que esse hóspede busca, seja ele um cliente que preza por interação, por tranquilidade ou por conforto, por exemplo. Entre as principais tendências da transformação digital na experiência do hóspede, podemos destacar: dispositivos móveis, que permitem que os hóspedes façam quase tudo por meio de seus smartphones; menu digital em todo hotel, Kitchen Display System para a cozinha, entre outros.

Em estudo realizado pela Associação de Hotelaria, Restauração e Similares (ASHR), divulgado em maio durante o Hotel 4.0 Portugal Summit, apontou que 80% das empresas deste segmento investem menos 12 mil euros em soluções digitais para a gestão dos processos e serviços, proporcionando melhores experiências para os seus hóspedes. A pesquisa reforça também que existe um desconhecimento sobre como a transformação digital pode trazer ganhos ao negócio. As ferramentas tecnológicas são um trampolim para uma mudança de mindset, mas não o único. É preciso contar com um parceiro de tecnologia confiável e rever outras questões que possam impedir uma transformação digital concreta e efetiva no setor. E é aqui que entra a TOTVS.

Por exemplo, se o estabelecimento não possui um quadro de colaboradores capacitado, as ferramentas em si não serão suficientes para que a inovação aconteça. Um outro ponto é a falta de uma consolidação efetiva de processos e metodologias no segmento que possam de fato suportar a inovação necessária.

Por último, temos ainda os clichês da hotelaria. Um exemplo claro são as soluções de mobilidade, que tornam dispensável a necessidade de um balcão de recepção, já que todos os processos podem ser realizados com um tablet ou telemóvel de qualquer lugar do hotel. Porém, ainda é comum vermos os atendimentos através de desktops ou balcões em estabelecimentos.

É fundamental aproveitar o momento para dar atenção aos fatores diretamente ligados ao baixo nível de inovação e baixa capacitação do setor. Temos nas nossas mãos a oportunidade de investir na inovação da hotelaria, colocando o hóspede como o ponto central dos nossos esforços para antecipar as suas necessidades e oferecer novas experiências.