“Todos os custos devem ser medidos”, falava o diretor de compras do Pestana Hotels & Resorts, durante a convenção Bianual da HotelShop+SocialShop, que decorreu, recentemente, em Lisboa, no Altis Grand Hotel, referindo-se à gestão de custos em hotelaria.
Para Luciano José, “os custos menos visíveis são provavelmente aqueles que mais pesam”, diz, referindo-se à reputação das unidades, a fidelização dos clientes e a notoriedade da marca. “Isso são custos que nós, hoje, não podemos nem devemos negligenciar, caso contrário estamos a pôr em risco a sustentabilidade do negócio hoteleiro”, sublinha.
Diogo Fonseca e Silva, diretor de operações do Altis Hotels, considera que a mão de obra é a fatia que “pesa mais” na fatura de um empreendimento hoteleiro. “Qualquer desvio pode comprometer o negócio”, frisa.
A mesma opinião é partilhada pelo diretor geral da DHM Discovery Hotel Management, que acredita: “Gerir custos começa por ter cada vez mais eficiência em termos de organização”. “Tendo equipas formadas e estáveis conseguimos otimizar a nossa estrutura operacional e faz com que consigamos racionalizar os custos”, afirma Francisco Moser.
O responsável entende ainda que “é muito importante estabelecer os padrões”. “Todo o nosso processo produtivo deve assentar em standards organizacionais que têm de ser milimétricamente medidos e geridos por parte do manangment“, diz.
No mesmo contexto, o diretor de operações do Altis Hotels sublinha o papel da formação. “Essa informação tem de ser passada para as equipas, para que saibam qual é a filosofia e os standards de cada espaço do hotel”, afirma.
A convenção HotelShop+SocialShop coincidiu, este ano, com a celebração do 10.º aniversário desta central de compras, especializada em abastecimento aos hotéis e instituições sociais. O evento, que teve como tema central a “Gestão de Custos para Hotéis e IPSS, contou com cerca de 15 oradores.