Realizou-se ontem, em Lisboa, mais um roadshow da MSC Cruzeiros com “casa cheia”, depois do Porto ter acolhido, no dia 25, cerca de 300 agentes de viagens na mesma iniciativa, que ainda chegará a Coimbra no próximo dia 7 de novembro, alargando pela primeira vez a sua realização a três cidades do país. Eduardo Cabrita, diretor geral da MSC Cruzeiros Portugal, mostrou-se satisfeito com a adesão ao evento e afirmou mesmo que “os números deste ano mostram que a MSC Cruzeiros está muito presente na vida do setor da distribuição em Portugal”, adiantando que, nos próximos anos, espera alargar a iniciativa a outras regiões nacionais.
Em conversa com a imprensa, Eduardo Cabrita garantiu que “a procura continua em alta” e que, se tudo correr como previsto, a companhia terminará 2023 com mais de 50 mil passageiros transportados quando, em 2019, foram pouco mais de 35 mil, ou seja, um crescimento de cerca de 40%. Quanto às reservas para 2024, o responsável avança estarem acima dos volumes de igual período do ano passado em cerca de 25%, isto até há 15 dias, altura em que se evidenciou um abrandamento. E explica que este ano, as reservas começaram a concretizar-se mais cedo do que em 2022 para 2023, quando apenas no final de outubro “aumentaram exponencialmente”. Mas, alerta, “vamos ver até que ponto os dados geopolíticos vão ditar outro tipo de comportamento”.
Se é verdade que, há poucos dias, a MSC Cruzeiros decidiu cancelar o programa de inverno do MSC Orchestra no Mar Vermelho, devido à proximidade de alguns portos de escala do navio a Israel , o gestor que tal não é uma peocupação e que os portugueses têm entendido a situação e aceitado as várias opções oferecidas pela companhia, que vão desde o reembolso total à possibilidade de transferirem a sua reserva para outro cruzeiro.
Quanto à operação da MSC Cruzeiros Lisboa – Lisboa, que vai no seu segundo ano, “está a correr muito bem”, afirma Eduardo Carbrita, até porque “não temos concorrência”. Em 2023, a companhia está com cerca de 600 a 700 passageiros por partida em Lisboa. 2024 vai ser um grande desafio, admite o representante da MSC Cruzeiros em Portugal, pois a companhia vai aumentar o número de cruzeiros a partir de Lisboa, começando no final de abril e não no final de junho, como está a acontecer neste momento. Assim, estão previstas 19 partidas, talvez 20, em 2024, neste itinerário que, este ano, contou com 12 partidas.
Já no que se refere ao setor dos cruzeiros na globalidade, Eduardo Cabrita está confiante do seu crescimento, apontando que, já este ano, o número de passageiros vai ser superior a 2019, além de que surgirão, nos próximos cinco anos, mais 66 novos navios, a juntarem-se aos atuais 350 que navegam pelo mundo, ou seja, mais 20%. “Não estou a sentir abrandamento e há muitos itinerários para descobrir; estamos todos a pensar como podemos tornar esses itinerários cada vez mais acessíveis”, resumiu.
Por Inês Gromicho