“Os primeiros sinais que nos chegaram deste governo não foram positivos

O presidente da Confederação do Turismo Português (CTP) criticou, na sua intervenção no 41º Congresso da APAVT, que terminou ontem no Algarve, o recém-chegado governo português. Afirmando que “os primeiros sinais que nos chegaram deste governo não foram positivos”, Francisco Calheiros criticou a forma como o novo governo “ignorou a Comissão Permanente de Concertação Social ao querer discutir temas” como o aumento do salário mínimo ou o banco de horas, e a vontade manifestada em reverter a privatização da TAP.

Dando conta de que a CTP reunirá na próxima semana com o primeiro-ministro António Costa, Francisco Calheiros traçou algumas prioridades pelas quais a CTP não deixará de lutar:a redução do IVA no golfe, mais promoção e maior envolvimento dos privados, menores custos de contexto, mais financiamento para as empresas a menor custo, recuperação das duas capitais de risco do Turismo, um quadro comunitário amigo do sector, uma solução definitiva para a TAP, um “aprofundamento da legislação laboral e uma verdadeira reforma do Estado.
À semelhança do que já havia sido falado no congresso pelo presidente da APAVT, também a CTP exige ” um especial cuidado na transposição para a legislação portuguesa da nova directiva das viagens organizadas” e uma “clarificação do regime especial do IVA das agências de viagens nos serviços de organização de eventos”.
Na mesma ocasião, Francisco Calheiros lembrou “alguns dos objetivos da CTP alcançados este ano”, como são exemplos a assinatura do protocolo entre a CTP e o Turismo de Portugal, “que irá disponibilizar 20 milhões de euros extra orçamento nos próximos dois anos para a promoção”; o estatuto de Organismo Intermédio para a implementação do programa Formação-Ação “Melhor Turismo 2020”, tornando a confederação responsável pela análise das candidaturas das associações e agências regionais relativas a ações destinadas à qualificação de PME´s; e pela entrada da CTP no Conselho Económico e Socia Europeu.