O tema dos Recursos Humanos nunca foi tão “quente” como nos dias de hoje. E a hotelaria é um dos segmentos do turismo que mais sente na pele a escassez de pessoal, sobretudo depois de dois anos em que uma pandemia veio alterar as ambições e possibilidades profissionais de muitos que poderiam depositar neste setor o seu talento. Ambitur falou com oito das principais cadeias hoteleiras em Portugal e com quatro prestigiadas unidades independentes, e quis saber de que forma estão a lidar com as dificuldades de captar e reter talento. Falamos hoje com Rosalina Baptista, diretora de Recursos Humanos do Belmond Reid’s Palace.
O Belmond Reid’s Palace, na Madeira, acredita que os colaboradores são o seu maior valor e tem, por isso, um compromisso de cultivar “uma excelente cultura de trabalho”. Isso mesmo indica à Ambitur Rosalina Baptista, diretora de Recursos Humanos da unidade, que acrescenta: “Os nossos princípios são muito simples: se tratamos de forma especial os nossos hóspedes, de igual forma temos de tratar os nossos colaboradores.”
[blockquote style=”1″]”Os nossos princípios são muito simples: se tratamos de forma especial os nossos hóspedes, de igual forma temos de tratar os nossos colaboradores.”[/blockquote]
De acordo com a People Culture do hotel, todos na organização são responsáveis, desde o board, passando pela direção, chefias e todos os colaboradores em geral, incentivando-se o “walk the talk”. “Temos uma cultura de alto desempenho, onde tentamos alinhar os valores da empresa aos valores pessoais”, explica a responsável.
Em 2021 a Belmond envolveu um grande número de colaboradores a nível mundial, apelando à sua participação na criação de novos valores. “Já este ano foram lançados os novos Behaviours e todos os colaboradores participaram na formação e sentem que os mesmos estão efetivamente alinhados aos seus valores pessoais”, garante Rosalina Baptista, que não tem dúvidas de que, “acima de tudo, promovemos um local de trabalho inclusivo, diversificado e colaborativo”.
A diretora de Recursos Humanos acredita que “ouvir, comunicar, motivar e estabelecer relações de confiança” são palavras-chave na relação com os trabalhadores. E relata que, todos os anos, os colaboradores são convidados a preencher um questionário de satisfação “cujos resultados são levados muito a sério”: em 2021, foi até superior aos anos anteriores com uma taxa de engagement acima dos 90%. A responsável admite que o setor hoteleiro nem sempre permite conciliar a vida profissional com a vida pessoal, um elemento que acaba por afastar potenciais candidatos. E adianta que no Belmond Reid’s Palace a política passa por promover esta conciliação, tentando evitar horários repartidos e “ouvindo sempre os nossos colaboradores quando têm limitações”.
No Belmond Reid’s Palace ainda há algumas vagas por preencher mas hoje, com cerca de 200 colaboradores, Rosalina Baptist afirma que “o nosso headcount está já muito perto do número que tínhamos antes da pandemia”. A previsão, para os próximos meses, é continuar a recrutar, “em especial para fazer face ao volume de negócios que temos previsto”, explica, reconhecendo a escassez de profissionais sobretudo a nível de restaurante, bar e cozinha.
O que oferece o Belmond Reid’s Palace
- Progressão na carreira internamente
- Acesso a seguro de saúde privado
- Programa «Discovering Belmond» – cortesias e descontos nos produtos do grupo para os colaboradores que visitam a coleção em lazer