#Osmelhoreshotéisparasetrabalhar: Pestana trabalha “com as equipas de forma próxima” para valorizar “as nossas pessoas”

O tema dos Recursos Humanos nunca foi tão “quente” como nos dias de hoje. E a hotelaria é um dos segmentos do turismo que mais sente na pele a escassez de pessoal, sobretudo depois de dois anos em que uma pandemia veio alterar as ambições e possibilidades profissionais de muitos que poderiam depositar neste setor o seu talento. Ambitur falou com oito das principais cadeias hoteleiras em Portugal e com quatro prestigiadas unidades independentes, e quis saber de que forma estão a lidar com as dificuldades de captar e reter talento. Como procuram estes estabelecimentos impor-se num mercado competitivo para que sejam reconhecidos como os melhores hotéis para se trabalhar? Falámos com Verónica Soares Franco, Chief Human Resources Officer do Pestana Hotel Group, para perceber de que forma lida a cadeia com esta questão.

O Pestana Hotel Group definiu como meta para este ano 1000 novas contratações a nível global, a maioria em Portugal, esperando atingir os 5500 colaboradores, dos quais 80% em Portugal, avança Verónica Soares Franco, Chief Human Resources Officer do grupo.

[blockquote style=”1″]a política é trabalhar “em conjunto com as equipas de forma próxima e tomando medidas com vista à valorização e desenvolvimento das nossas pessoas e que consideramos fundamentais para a retenção e bem-estar nas nossas pessoas”[/blockquote]

Aqui a política é trabalhar “em conjunto com as equipas de forma próxima e tomando medidas com vista à valorização e desenvolvimento das nossas pessoas e que consideramos fundamentais para a retenção e bem-estar nas nossas pessoas”, diz a responsável, à Ambitur. E recorda que, ao longo dos anos, se lançaram projetos como a Pestana Academy, que dá acesso a programas de formação e desenvolvimento de competências-chave. E desenvolveram-se benefícios para os colaboradores, que vão desde o seguro de saúde a condições privilegiadas nas unidades Pestana, além de se ter lançado o apoio psicológico durante a pandemia. Por outro lado, e procurando estar atenta à evolução do modelo de trabalho, a cadeia hoteleira adotou o teletrabalho sempre que o colaborador o solicite e a natureza das suas funções o permita.

No que diz respeito à formação, no Pestana Hotel Group esta vai desde as funções de base às lideranças e, durante a pandemia, aproveitou-se os recursos da Pestana Academy para manter as equipas ligadas à empresa e em constante evolução. Verónica Soares Franco indica que a plataforma online de recursos humanos do grupo permitiu ainda, numa altura de encerramento da totalidade dos hotéis, “acelerar a formação, com uma vasta oferta de conteúdos em diferentes áreas, operacionais e corporativas”. E o regresso à “normalidade” não travou esta evolução, “veio para ficar”.

Este ano, a cadeia de Dionísio Pestana estima investir mais de um milhão de euros em formação e programas de desenvolvimento, apostando, através da Pestana Academy, em três pilares. O primeiro é desenvolvimento dos colaboradores ao longo da sua carreira com programas personalizados de experiências em diferentes departamentos, funções e geografias (programa de Trainees, Pestana World para dar a conhecer o grupo, Pestana Mobility que promove a mobilidade dentro do grupo ou o Growing Together, que tem como objetivo desenvolver novas chefias nas operações). O segundo prende-se com a parte formativa através de momentos de aprendizagem em vários formatos, facilitados por formadores internos e externos (mais de 40% das iniciativas estão a cargo dos formadores internos). Este pilar permite, a cada função, aprofundar as suas competências através de momentos de aprendizagem em vários formatos (presencial, online, blended ou on-the-job). Por fim, a partilha de conhecimento e melhores práticas, com o objetivo de estabelecer pontes entre departamentos e desenvolver relações que ajudem a fortalecer a cultura organizacional.

A Chief Human Resources Officer do grupo esclarece que se promove ainda “a mobilidade funcional e geográfica com inúmeros exemplos de progressão de carreira interna, como o do bagageiro que evoluiu até uma função de direção, a diretora do nosso maior hotel no Algarve que começou como estagiária da área da restauração, ou, numa mudança de natureza geográfica, o diretor do hotel em Cascais que foi convidado para gerir os três hotéis do grupo nos EUA. Entre muitos outros”.

No Pestana Hotel Group, as parcerias com escolas nacionais e internacionais (há uma grande proximidade com as Escolas de Hotelaria do Turismo de Portugal, proporcionando experiências, por exemplo, em Portugal, Nova Iorque, Londres ou Amesterdão) são uma realidade, numa ótica de possibilitar uma maior ligação entre a escola e o mundo empresarial, preparando os alunos para a vida profissional. Verónica Soares Franco considera essencial a aposta na formação profissional e em dar condições aos jovens para desenvolverem as suas capacidades, motivando-os para o turismo. E garante que esta é “uma área na qual queremos continuar a apostar no futuro, envolvendo as nossas pessoas como formadores e oferecendo estágios para que os estudantes tenham uma maior proximidade ao grupo e às oportunidades que podemos proporcionar”. Em Portugal, a responsável exemplifica com o projeto que o grupo desenvolveu há alguns anos com a Escola Profissional da Moita, que visa uma maior ligação entre a escola e o mundo empresarial, preparando os alunos para a vida profissional através de formação dedicada e estágios nas unidades Pestana. Outro exemplo é a parceria com Cabo Verde, através da qual os alunos da escola de hotelaria têm as portas abertas nos hotéis da cadeia em Portugal, “embora as dificuldades geradas por toda a burocracia dos vistos acabem muitas vezes por limitar o impacto deste tipo de iniciativas”, reconhece a gestora.

Verónica Soares Franco destaca igualmente outra vertente formativa na qual o grupo também tem apostado, as novas tecnologias, dizendo que além das funções tradicionais de hotelaria, existe um conjunto de competências novas para o setor nas áreas de e-commerce, Revenue Management, Business Intelligence e Digital que devem continuar a ser desenvolvidas nas escolas. ” É importante que haja esta ligação às empresas e acompanhamento das tendências decorrentes do novo modelo de negócio”, sublinha.

[blockquote style=”1″]”A atração destes talentos faz-se em universidades. E para os atrair, temos de ser competitivos, não só perante os demais grupos hoteleiros, mas perante um mercado bem mais alargado de empresas”[/blockquote]

Debruçando-se sobre as tendências do futuro, a Chief Human Resources Officer do Pestana Hotel Group explica que a alteração do modelo de negócio, incluindo a transformação digital que tem vindo a ocorrer no setor, tem impacto no desenvolvimento de novas competências que permitam a adaptação das empresas aos novos tempos. “Quando entramos no escritório dos serviços partilhados, deparamo-nos já hoje com profissionais com formação em áreas analíticas e tecnológicas, mas também nas operações teremos de adaptar as competências dos nossos recursos a novas soluções tecnológicas, como a a app Pestana, disponível para os nossos hóspedes, onde será possível fazer check-in, abrir a porta do quarto, ligar a televisão ou pedir room-service”, pormenoriza a responsável. E lembra que estas tecnologias e análise de dados, cada vez mais complexos, exigem um esforço de atualização só possível com investimento em pessoas e meios tecnológicos. “A atração destes talentos faz-se em universidades. E para os atrair, temos de ser competitivos, não só perante os demais grupos hoteleiros, mas perante um mercado bem mais alargado de empresas”, sublinha.

O que oferece o Pestana Hotel Group

  • Seguro de saúde
  • Cartão Staff (descontos em estadias, restaurantes e spas para colaboradores e família; descontos em parceiros)
  • Formação profissional
  • Plataforma interna para candidatura a vagas existentes dentro do grupo

⇒ Leia também…

#Osmelhoreshotéisparasetrabalhar: AP Hotels & Resorts considera urgente “dignificar as profissões na hotelaria”