Pedro Costa Ferreira recandidata-se à presidência da APAVT

Pedro Costa Ferreira anunciou, hoje, a sua recandidatura à presidência da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), a qual “abraça” desde 2012 numa altura em que “vivíamos então um tempo de crise, como hoje”, recorda em comunicado.

Desde esse momento que, segundo o mesmo, “recuperámos uma associação que vinha, financeiramente, a enfraquecer de forma agressiva” e “triplicámos os capitais próprios”, o que significou “a independência política do setor”. A APAVT viu também “reforçada” a sua “intervenção internacional” com o assumir da vice presidência da Confederação Europeia das Associações e Agências de Viagens e com a criação da sua Aliança Ibérica que constituiu “o início de um caminho ibérico comum” na “esfera das relações com a IATA”.

Outra concretização de Pedro Costa Ferreira foi o desenvolvimento de um “fundo de garantia” que significou a “ausência de contribuições por parte das agências de viagens para a proteção do consumidor” e, numa segunda revisão da Lei, “encontrámos uma solução ao nível de apólice de seguros para este novo enquadramento jurídico, solução que permitiu simplesmente a existência da atividade, provando ser uma excelente solução em tempos de normalidade”.

Além disso, a APAVT “modernizou-se” ao longo dos anos no que à comunicação diz respeito, em termos de marketing e redes sociais, e também com o seu Congresso Nacional que, nas últimas edições, chegou a “números recorde de presenças”.

“Enfrentamos atualmente a maior crise desde que nascemos”

Mas em pleno “ciclo de crescimento”, Pedro Costa Ferreira atenta que a APAVT enfrenta agora a “maior crise desde que nasceu” fruto da pandemia do Covid-19. Contudo, o responsável assegura que na Associação “ninguém cruzou os braços”. Prova disso é que a APAVT “construiu” em conjunto com o Governo a “alteração do enquadramento jurídico dos reembolsos” o que “impediu a insolvência imediata de centenas de agências de viagens” além do seu contributo para um “modelo de reembolso dos operadores para as agências”.

Em adição: “Desenhámos um princípio de acordo com uma parcela importante da atividade seguradora, que permitirá, assim se espera, a todo o setor das agências de viagens, em 31 dezembro de 2021, recorrerem aos seguros para a resolução dos files onde os reembolsos não forem obtidos pelas agências de viagens”, atenta. Pedro Costa Ferreira comenta ainda o princípio de acordo com a TAP através do qual espera que as agências possam “iniciar um mecanismo de reembolso dos vouchers emitidos”.

Foi também no seguimento de uma iniciativa da APAVT que “foi desenhado o microcrédito do Turismo de Portugal” e a Associação integrou também “o movimento negociador da CTP de onde saíram o lay-off simplificado, bem como várias linhas de financiamento e moratórias fiscais e de crédito”.

“Este é um tempo em que quem tem responsabilidades as deve assumir”

O responsável admite que o que mais “apreciou” na sua passagem pela APAVT foi a “construção de um padrão de actuação, que valorizou o diálogo discreto e a colaboração activa, enquanto forma de trabalho” que “abraçou todo o universo turístico em que nos inserimos, alargando a área da nossa intervenção, em lugar de contribuir para o País das quintinhas que tanto nos prejudica”.

Pedro Costa Ferreira adianta ainda ser “conhecida a minha vontade de regressar a outras vidas” mas que, no entanto, “parece evidente que os tempos que se aproximam são de decrescimento, de menor dinâmica, maiores dificuldades, e de muita dor” pelo que “decresceremos onde crescemos; perderemos onde ganhámos; seremos acusados onde antes fomos elogiados e apoiados”.

Assim, “este é um tempo em que quem tem responsabilidades as deve assumir, em lugar de fugir; onde quem tem noção de que pode ser útil, deve apresentar-se ao setor, constituindo-se em alternativa”. Será este o seu papel no mandato de 2021-2023.