Pedro Machado quer fixar investimento no interior

O presidente do Turismo do Centro de Portugal (TCP) incentivou o Governo a trabalhar novas políticas ativas para fixar empresas no interior do país, assegurando mais competitividade. “Há políticas públicas que podem ser feitas, concertadas com programas operacionais, sejam os nacionais ou os regionais”, falava Pedro Machado em entrevista ao ambitur.pt, durante o segundo dia da Fitur – Feira Internacional de Turismo de Madrid.

“Nada impede que numa reformulação da estratégia do 2027 ou do próximo quadro comunitário de apoio, por exemplo, estes territórios do interior tenham uma majoração maior do ponto de vista da atratividade e do incentivo”, afirmou o responsável pelo TCP. Este apoio, prossegue, poderá também passar por uma diminuição das taxas de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas e de uma majoração nos processos de internacionalização.

Pedro Machado aproveitou a ocasião para salutar o “virar de página” introduzido por Ana Mendes Godinho, secretária de Estado do Turismo, “ao querer valorizar o turismo interno”. “Programas como o ‘Valorizar – Programa de Apoio à Valorização e Qualificação do Destino’, o ‘Valorizar Sustentável’, o ‘Valorizar Acessível’ e o ‘Valorizar eventos’ já são medidas medidas que vêm ao encontro, mas precisamos de reforçar ainda mais essas medidas”, acredita.

Para o presidente do TCP, “o Centro de Portugal, como o Alentejo, são regiões com um produto francamente bom e bem estruturado”. “Produtos como o turismo de natureza, o turismo ativo, o património cultural são complementares aos citys breaks, ao mice [turismo de negócios] e àquilo que o país durante muitos anos teve na sua estratégia, o sol e praia”, sublinha.

Questionado sobre o trabalho desenvolvido pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro do Turismo de Portugal, Pedro Machado explicou que, “por força das circunstâncias, trabalhámos muito nos meses de novembro e dezembro”, sublinhando: “Vamos continuar este trabalho em janeiro nos territórios atingidos pelos incêndios”. “Depois de fazermos a reposição da normalidade da atividade empresarial se possam criar medidas pró-ativas para o futuro”, conclui.