Pestana Hotel Group prevê crescimento de 10% em 2016

À semelhança do que acontece com várias empresas do setor do turismo, também o grupo Pestana prevê um 2016 “positivo”. Em entrevista ao Ambitur.pt, José Theotónio, CEO do maior grupo hoteleiro português, afirmou esperar que o grupo “tenha um crescimento que possa atingir os dois dígitos – 10% – em cima de um ano já de si positivo”. De acordo com o responsável, estas “são metas ambiciosas, mas que esperamos alcançar por duas vias: aumentar a procura nas épocas baixas e médias e conseguir aumentar o preço de venda nas alturas de maior procura”.

Para o responsável, há vários fatores que poderão influenciar os resultados deste ano: os acontecimentos ligados à segurança, “seja atos de terrorismo ou climas de pré-guerra, seja acontecimentos ligados a epidemias ou desastre naturais podem provocar uma regressão transversal a todos os mercados reduzindo dessa forma o Turismo Internacional”, a deterioração do quadro macroeconómico a nível internacional e em Portugal; e os custos de contexto. Para José Theotónio, “se o Turismo em Portugal, porque está a correr neste momento bem, depois de uma crise prolongada entre 2009 e 2012, deixar de ser visto como uma aposta e passar a ser visto como uma atividade onde se pode ir buscar receitas que são necessárias para outras áreas e para aumentar impostos, verá a sua competitividade reduzir-se e as perspetivas positivas que hoje existem podem dissipar-se rapidamente porque este é um setor muito competitivo a nível mundial”. Por último, o responsável destaca o facto das empresas e os atores turísticos caírem no erro de pensar que “tudo está obtido à cabeça”: “se deixar de haver empenho e trabalho árduo porque se pensa que sendo as perspetivas boas os bons resultados vão-nos cair do céu temos os ingredientes para que possa haver desagradáveis surpresas”, alerta.
De recordar que, no decorrer deste ano, deverão abrir portas, primeiro na Madeira e depois em Lisboa, as duas primeiras unidades sob a marca Pestana-CR7.