Plataforma Alentejo: “Aeroporto de Beja está apto a receber 1,5 milhões de passageiros por ano”

A Plataforma Alentejo esteve reunida com a administração do Aeroporto de Beja / ANA – Aeroportos de POrtugal no sentido de debaterem algumas preocupações que a mesma tem vindo a levantar sobre a utilização desta infraestrutura e os impactos positivos que essa utilização poderá e deverá ter não só para todo o Alentejo como para o sul do país.

Em comunicado, a Plataforma sublinha que desta “troca de opiniões” resultou a evidência que “o Aeroporto de Beja está apto a receber no imediato um milhão e 500 mil passageiros por ano” e que “reúne condições excecionais para o tráfego aéreo e tem todas as condições para a sua ampliação de acordo com eventuais necessidades futuras cabendo aos decisores políticos a clarificação do que se pretende realmente do Aeroporto de Beja e sobre a utilização militar da BA11”.

A mesma nota refere que ambas as partes sublinharam a importância de uma ampla convergência de todos os setores e instituições da região no sentido de encontrar as melhores formas e as sinergias necessárias para fazer do Aeroporto de Beja, o importante aeroporto que pode ser, tendo sido sublinhado por parte dos representantes do secretariado da Plataforma do Alentejo a sua total disponibilidade para persistir nos seus esforços para conseguir sensibilizar toda a opinião pública e de forma especial as quatro Comunidades Intermunicipais que têm responsabilidades no território do Alentejo (CIMAA, CIMBAL, CIMAC e CIMAL), que até à data se têm alheado das iniciativas da Plataforma Alentejo, apesar dos esforços desenvolvidos no sentido de um maior envolvimento e participação das mesmas desde a formação da Plataforma Alentejo em Agosto de 2018.

Recorde-se que entre as questões abordadas a Plataforma Alentejo afirma que mereceram particular atenção as acessibilidades, designadamente a ligação do Aeroporto à Linha do Alentejo (ferrovia) que podia estar concluída se tivesse sido tomado em conta o Estudo Técnico da REFER, de maio de 2015; a necessidade da conclusão do IP8, com a ligação à rotunda já existente no Aeroporto, como estava previsto, e que há muito devia estar concluído e a abertura e inclusão do troço da A-26 como parte integrante do IP8; a questão da rede de frio, da maior importância para o setor agro-alimentar, dispondo já o Aeroporto da pré-instalação para o efeito; a importância da agregação ao Aeroporto de uma Plataforma Logística e o desenvolvimento da Indústria Agro-alimentar dispondo o Aeroporto de uma área de 80 hectares para esse efeito; o aproveitamento do canal e das obras do IP8 para a implantação do gasoduto entre Sines e o Aeroporto não só para o fornecimento do “jet fuel” para o abastecimento das aeronaves, hoje assegurado pela GALP por via rodoviária e com custos mais elevados, como para assegurar ao sector empresarial e aos consumidores individuais o abastecimento em gás natural, essencial para a competitividade empresarial como para substituir outras fontes de energia menos amigas do ambiente; o crescimento sustentado que se tem vindo a verificar no setor do turismo no Alentejo e a importância deste poder beneficiar mais do Aeroporto.