Poiares Maduro esclarece hoteleiros sobre o acordo de parceria do Portugal 2020

&O objectivo fundamental do Portugal 2020 é a competitividade e a internacionalização da nossa economia&. Miguel Poiares Maduro, Ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, que participou no almoço mensal promovido pela Associação da Hotelaria de Portugal, explicou aos hoteleiros que &essa é uma mudança substancial face ao passado, em que houve mais investimento em infra-estruturas e menos investimento na competitividade e a internacionalização da economia&. O executivo reforçou, no&almoço no Hotel Tiara, que &há que acrescentar valor àquilo que são áreas tradicionais da nossa actividade económica. O turismo tem mostrado capacidade de se expandir, ir à procura de novos mercados, dinamizar economia e o emprego, e o próximo ciclo de fundos europeus entende precisamente que nós devemos alavancar essas actividades económicas que mais capacidade têm de fazer essa transformação&.&A lógica do acordo de parceria do Portugal 2020 a nível de apoios é aquilo a que nós chamamos apoios de banda larga, ou seja, não é o desenvolvimento de eixos de intervenção, linhas de financiamento especifica para determinados sectores económicos, é a concorrência entre diferentes sectores à luz de certas orientações e objectivos que são transversais a todas as áreas&, explicou Poiares Maduro.De acordo com o executivo, neste quadro, serão as empresas os principais destinatários dos fundos. Assim, vão estar disponíveis oito mil milhões de euros, seis mil dos quais serão direccionados a pequenas e médias empresas. No entanto, e como as regras da União Europeia ditam o fortalecimento das economias regionais, 93% dos fundos vão para as zonas de convergência (Norte, Centro, Alentejo e Açores), e apenas 7% para as regiões de Lisboa, Algarve e Madeira.& &No contexto destes apoios, quer às PME´s, quer às grandes empresas, o sector do turismo terá como ponto de partida o mesmo que qualquer outra actividade, sendo, no entanto, o sector que& podemos presumir desde logo, que terá um potencial de acesso aos fundos importante, porque é um sector com um serviço transaccionavel&.&Sendo o turismo um sector transaccionável está enquadrado nos três eixos prioritários do programa operacional da competitividade e da internacionalização, bem como dos eixos correspondentes dos programas regionais, ou seja, poderão candidatar-se,& quer a concursos desenvolvidos pelo programa temático nacional, quer por programas regionais onde essas empresas se instalam, sendo que nós vamos ter um portal comum que permita a qualquer agente facilmente conhecer qual é o programa que pode ter avisos ou concursos que lhe podem interessar&, explica Poiares Maduro.Em termos de agenda, o Governo pretende ter os regulamentos concluídos no próximo Verão, e deve começar a atribuir os fundos no segundo semestre deste ano.&Queremos alargar ao máximo o âmbito daqueles que concorrem para os fundos, porque quanto maior for o número daqueles que concorrem, mais selectivos seremos e teremos projectos com mais qualidade. Estou certo que nesse âmbito vários desses projectos serão do turismo&, conclui.