Ponte aérea entre Lisboa e Porto pretende beneficiar segmento corporate

A TAP anunciou, a semana passada, que irá proceder, até junho deste ano, à alteração total da frota da Portugália, que passa a chamar-se TAP Express. Em declarações ao Ambitur.pt, fonte oficial da companhia explica que este “será certamente o ano em que se registará o maior número de mudanças da história da empresa”, das quais se destacam não só o já anunciado replaneamento ao nível das ligações da sua rede intercontinental e mercados europeus, mas também a alteração da frota da Portugália que permitirá “a construção de uma ponte aérea Lisboa – Porto”.

Nesta operação, a TAP irá usar principalmente o ATR com 70 lugares. “Em duas cidades grandes como Lisboa e Porto a quantidade de frequências é muito mais importante do que a capacidade”, ou seja, o que a TAP está a fazer é “reduzir a capacidade e aumentar a quantidade de frequências”, explica a mesma fonte, acrescentando que “o objetivo é dar flexibilidade ao passageiro” de modo a que este “chegue ao aeroporto e possa embarcar, independentemente de ter reserva ou não”.
Para a companhia aérea portuguesa, esta é uma alteração que fará com que a cidade do Porto passe a beneficiar de melhores condições para atender o segmento corporate. “A oferta existente hoje para a Europa a partir do Porto é muito boa para o city break, mas na realidade para a corporate deixa a desejar pelo baixo número de frequências. O corporate precisa de uma grande quantidade de frequências. Com isso pretendemos atingir o mercado corporate da Europa para o Porto e que este dê um salto de qualidade em relação ao que existe hoje”, acrescenta a mesma fonte.
Já a entrada de nove novos Embraer 190, “um avião de cem lugares com uma capacidade parecida com o fokker 100”, permitirá à TAP “voar para cidades que não têm volume de tráfego para um A320, mas teriam um volume de tráfego para o Embraer 190, ou seja, este novo avião vem para fortalecer o hub de Lisboa para cidade secundárias”, conclui.